Chihuahua faz fronteira com os Estados norte-americanos do Texas e do Novo México, ambos os quais abrigam importantes pontos de entrada, cruciais para o comércio entre os dois vizinhos.
Por Redação, com Reuters - da Cidade do México
Os custos do aumento da migração para um importante Estado mexicano na fronteira com os Estados Unidos, devido a uma queda acentuada no número de caminhões de carga que passam para o vizinho, totalizaram quase US$ 1 bilhão em cerca de duas semanas, disseram autoridades estaduais na terça-feira, enquanto ambos os países lutam contra a crise recente.
O governo do Estado de Chihuahua anunciou em um comunicado que sua economia, dependente do comércio, perdeu mais de US$ 947 milhões entre 18 de setembro e 2 de outubro, culpando uma "crise migratória" por impedir que o fluxo normal de mercadorias entrasse nos Estados Unidos.
Chihuahua faz fronteira com os Estados norte-americanos do Texas e do Novo México, ambos os quais abrigam importantes pontos de entrada, cruciais para o comércio entre os dois vizinhos.
Somente na segunda-feira, o governo de Chihuahua disse que as perdas relacionadas totalizaram cerca de US$ 77 milhões.
Crise migratória
"Esses impactos decorrem da crise migratória causada pela chegada de milhares de pessoas (atravessando o Estado)", de acordo com a declaração, que também criticou o governo federal do México por não tomar "nenhuma medida" para mitigar as perdas.
O governo de Chihuahua é liderado por um governador que representa um partido de oposição ao governo.
As perdas ocorrem após a decisão das autoridades norte-americanas de aumentar os controles de segurança na fronteira, o que também tem causado atrasos no comércio.
Como muitas autoridades dos EUA, o principal diplomata do México também descreveu o aumento da migração como uma situação de "crise".