Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Metroviários de Porto Alegre seguem em estado de greve

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Quarta, 10 de Maio de 2023 às 11:42, por: CdB

Os trabalhadores reivindicam a troca da direção e que o governo Lula retire a empresa da lista de privatizações. A Trensurb, empresa pública e federal, foi inserida, pelo governo Bolsonaro, no chamado Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).


Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília


Trabalhadores da Trensurb decidiram seguir em estado de greve, após assembleia da categoria organizada pelo Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô). 




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Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) entrou na lista de privatizações do governo Bolsonaro - Foto: Alexandre Giesbrecht

Durante a segunda-feira, foi realizada uma paralisação, como forma de protesto: a direção da empresa ainda é a mesma do governo Bolsonaro.


Com a retomada normal da operação de trens na manhã de terça-feira, a categoria anuncia que permanece em estado de greve e que pretende realizar uma nova paralisação no dia 23 de maio.


Os trabalhadores reivindicam a troca da direção e que o governo Lula retire a empresa da lista de privatizações. A Trensurb, empresa pública e federal, foi inserida, pelo governo Bolsonaro, no chamado Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que elencava bens e empresas públicas que pretendiam ser privatizados e/ou concedidos à iniciativa privada. Cerca de um ano depois, a empresa foi inserida no Programa Nacional de Desestatização (PND), com o mesmo objetivo.


"Sabemos que a concessão significa o aumento da tarifa e a piora do serviço essencial à população gaúcha. Exigimos uma ação imediata do governo federal para a retirada da Trensurb da lista de privatizações", afirmou comunicado do Sindimetrô.



Reivindicação


Apesar dessa reivindicação ainda não ter sido atendida, a categoria comemorou decisão favorável emitida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-IV). Após o anúncio da greve, a direção da empresa entrou na justiça contra a mobilização. Uma mesa de mediação aconteceu na manhã de ontem, onde o TRT4 decidiu pela legalidade do movimento grevista, além da prorrogação do acordo coletivo até que a nova direção da empresa seja nomeada.


Por fim, a categoria também decidiu formar uma comissão que irá até Brasília em data próxima para "pressionar parlamentares e aliados do governo federal. O foco é o contato com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que está responsável pelo processo de venda da Trensurb".



Posição da direção de empresa


A Trensurb protocolou ação judicial declaratória de abusividade de greve junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região na última sexta, considerando o anúncio de paralisação por 24h nesta segunda-feira, feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do RS (Sindimetrô-RS). Empresa também entrou com ação de interdito proibitório a fim de preservar o patrimônio e o livre funcionamento da companhia.



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