Os trabalhadores reivindicam a troca da direção e que o governo Lula retire a empresa da lista de privatizações. A Trensurb, empresa pública e federal, foi inserida, pelo governo Bolsonaro, no chamado Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília
Trabalhadores da Trensurb decidiram seguir em estado de greve, após assembleia da categoria organizada pelo Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô).
Durante a segunda-feira, foi realizada uma paralisação, como forma de protesto: a direção da empresa ainda é a mesma do governo Bolsonaro.
Com a retomada normal da operação de trens na manhã de terça-feira, a categoria anuncia que permanece em estado de greve e que pretende realizar uma nova paralisação no dia 23 de maio.
Os trabalhadores reivindicam a troca da direção e que o governo Lula retire a empresa da lista de privatizações. A Trensurb, empresa pública e federal, foi inserida, pelo governo Bolsonaro, no chamado Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que elencava bens e empresas públicas que pretendiam ser privatizados e/ou concedidos à iniciativa privada. Cerca de um ano depois, a empresa foi inserida no Programa Nacional de Desestatização (PND), com o mesmo objetivo.
"Sabemos que a concessão significa o aumento da tarifa e a piora do serviço essencial à população gaúcha. Exigimos uma ação imediata do governo federal para a retirada da Trensurb da lista de privatizações", afirmou comunicado do Sindimetrô.
Reivindicação
Apesar dessa reivindicação ainda não ter sido atendida, a categoria comemorou decisão favorável emitida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-IV). Após o anúncio da greve, a direção da empresa entrou na justiça contra a mobilização. Uma mesa de mediação aconteceu na manhã de ontem, onde o TRT4 decidiu pela legalidade do movimento grevista, além da prorrogação do acordo coletivo até que a nova direção da empresa seja nomeada.
Por fim, a categoria também decidiu formar uma comissão que irá até Brasília em data próxima para "pressionar parlamentares e aliados do governo federal. O foco é o contato com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que está responsável pelo processo de venda da Trensurb".
Posição da direção de empresa
A Trensurb protocolou ação judicial declaratória de abusividade de greve junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região na última sexta, considerando o anúncio de paralisação por 24h nesta segunda-feira, feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do RS (Sindimetrô-RS). Empresa também entrou com ação de interdito proibitório a fim de preservar o patrimônio e o livre funcionamento da companhia.