As autoridades holandesas aconselharam cidadãos a não viajar para a Bélgica nesta sexta-feira. No oeste belga, os agricultores têm bloqueado a entrada e saída de caminhões do porto de Zeebrugge, parte do Porto de Antuérpia-Bruges, durante vários dias.
Por Redação, com Poder360 - de Bruxelas
Agricultores bloquearam diversas passagens da fronteira entre a Bélgica e a Holanda nesta sexta-feira para protestar contra o aumento de impostos e de custos de produção, competição contra importações mais baratas e a burocracia da legislação ambiental europeia. As informações são do jornal Reuters.
A passagem de fronteira em direção à Antuérpia, a segunda maior cidade da Bélgica e sede do segundo maior porto da Europa, é uma das passagens bloqueadas, de acordo com uma publicação na rede social X (ex-Twitter).
A mídia local informou que os protestos começaram do lado da Bélgica, na noite de quinta-feira, com alguns agricultores holandeses aderindo à manifestação posteriormente.
As autoridades holandesas aconselharam cidadãos a não viajar para a Bélgica nesta sexta-feira. No oeste belga, os agricultores têm bloqueado a entrada e saída de caminhões do porto de Zeebrugge, parte do Porto de Antuérpia-Bruges, durante vários dias.
Caminhões estão presos nos portos
A emissora VRT reportou que quase 2 mil caminhões estão presos nos portos. A polícia local informou estar fornecendo instalações sanitárias e de alimentação aos motoristas.
Um porta-voz do porto de Zeebrugge disse na quarta-feira que as docas estavam lotadas e atingiriam sua capacidade máxima se os protestos continuassem durante a semana.
Os agricultores de outras partes da Europa também estão se mobilizando em descontentamento aos impostos, aos custos elevados e ao barateamento de importações.
Já foram realizados atos em ao menos sete países: Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Itália, Romênia e Polônia. Os protestos começaram em 18 de janeiro, na França.
Os atos também expuseram tensões sobre o impacto na agricultura do esforço da UE para combater as alterações climáticas e sobre a abertura da porta às importações ucranianas baratas para ajudar o esforço de guerra de Kiev.