Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Macron segue sob pressão para resolver crise previdenciária

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Sexta, 24 de Março de 2023 às 11:19, por: CdB

Em Paris e em muitas cidades do país, equipes de limpeza se depararam com vidros quebrados, latas de lixo carbonizadas e paradas de ônibus destruídas após confrontos violentos durante a noite.


Por Redação, com ReutersANSA - de Paris


O presidente da França, Emmanuel Macron, estava sob pressão nesta sexta-feira para encontrar uma saída para a crise que registrou um dos piores episódios de violência nas ruas farncesas em anos devido a um projeto de lei previdênciaria aprovado sem votação no Parlamento.




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Macron disse que não retirará a lei

Em Paris e em muitas cidades do país, equipes de limpeza se depararam com vidros quebrados, latas de lixo carbonizadas e paradas de ônibus destruídas após confrontos violentos durante a noite entre manifestantes vestidos de preto e a polícia. Uma faixa em um caixa eletrônico dizia: "Paris está queimando".


Ao menos 441 policiais ficaram feridos e 475 pessoas foram presas. Dezenas de manifestantes também ficaram feridos, incluindo uma mulher que perdeu um polegar na cidade de Rouen, na Normandia.


Os atos de protesto que reuniram grandes multidões contra um projeto de lei que aumentará a idade de aposentadoria em dois anos, para 64 anos, foram pacíficos durante o dia.


Mas houve confrontos violentos em todo o país na noite de quinta-feira, com uma delegacia de polícia alvejada na cidade de Lorient, no oeste da França, a entrada principal da prefeitura de Bordeaux incendiada e centenas de incêndios registrados em todo o país.


– Houve violência inaceitável – disse o chefe da confederação sindical CFDT, Laurent Berger, à rádio RTL. "Precisamos acalmar as coisas, antes que haja uma tragédia."


– Para encontrar uma saída, precisamos que o governo e o presidente façam um gesto – acrescentou.


Em entrevista à televisão na quarta-feira, Macron disse que não retirará a lei e que ela prosseguirá conforme o planejado e entrará em vigor até o final do ano.



A extradição


A Corte de Apelação de Lion, na França, rejeitou nesta sexta-feira o pedido das autoridades italianas para a extradição de Vincenzo Vecchi, um militante antissistema condenado no país a 10 anos de prisão por participar dos atos de violência em Gênova, em 2001, durante uma reunião do então G8.


Segundo os juízes franceses, a extradição de Vecchi "representaria um ultraje desproporcional em respeito a sua vida privada e familiar".


O pedido de prisão internacional foi emitido pela Itália em 2016, quando o italiano já vivia na França há vários anos.


Os episódios de violência ocorridos em Gênova deixaram um morto, o também italiano Carlo Giuliano, que faleceu após um tiro das forças de segurança na escola usada como base para os manifestantes dormirem. Muitos policiais foram punidos pela brutalidade da repressão, mas outros escaparam dos julgamentos por falta de provas.



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