Tanto Harris quanto Trump possuem múltiplos caminhos para alcançar os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para vencer, mas qualquer erro nas previsões pode impactar decisivamente o resultado final.
Por Redação, com Ansa – de Washington
Às vésperas da eleição presidencial nos Estados Unidos, a disputa entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump está mais acirrada do que nunca, de acordo com pesquisa do diário norte-americano The New York Times (NYT) e Siena College. A pesquisa revela uma competição intensa nos chamados ‘Estados pêndulo’ (‘swing states’), com Harris mostrando força em Estados como Carolina do Norte e Geórgia, enquanto Trump recuperava terreno na Pensilvânia, um Estado crucial que agora aparece tecnicamente empatado.
Harris lidera de forma apertada em Nevada, Carolina do Norte e Wisconsin, enquanto Trump mantém vantagem no Arizona. Estados como Michigan, Geórgia e Pensilvânia estão extremamente disputados, e em todos os sete Estados pesquisados a diferença entre os candidatos está dentro da margem de erro, tornando o cenário altamente imprevisível. Tanto Harris quanto Trump possuem múltiplos caminhos para alcançar os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para vencer, mas qualquer erro nas previsões pode impactar decisivamente o resultado final.
Urnas
Um dado que destaca a incerteza do cenário é o comportamento dos eleitores indecisos. Entre os 8% que decidiram o voto recentemente, Harris possui uma vantagem de 55% a 44%. Entretanto, ainda existem 11% de eleitores que permanecem indecisos ou persuadíveis, mesmo com a eleição tão próxima.
Até o momento, mais de 70 milhões de eleitores já votaram antecipadamente, segundo o University of Florida Election Lab. Dos eleitores que já depositaram seus votos, Harris lidera com uma margem de oito pontos percentuais. Por outro lado, Trump apresenta uma leve vantagem entre aqueles que afirmam estar altamente propensos a votar, mas que ainda não compareceram às urnas.
A pesquisa do NYT e Siena College entrevistou 7.879 eleitores prováveis em sete Estados decisivos dos EUA entre 24 de outubro e 2 de novembro, com amostras variando de cerca de 1 a mais de 1,5 mil eleitores por Estado. A coleta foi feita por telefone com entrevistadores ao vivo, em inglês e espanhol, sendo que mais de 98% dos entrevistados foram contatados via celular. Os eleitores foram selecionados de uma lista de registrados, garantindo representatividade demográfica e partidária, com aproximadamente 850 mil chamadas feitas para mais de 320 mil eleitores.