A jovem é filha mais velha do pedreiro Giovanni Barreca, 54, autor confesso do crime, e foi detida no último dia 14, mas a prisão foi revelada apenas nesta sexta, após ter sido confirmada por um juiz de inquérito preliminar.
Por Redação, com ANSA - de Roma
O assassinato de uma família na Sicília, sul da Itália, em meio a rituais de exorcismo ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira, com a notícia de que a única sobrevivente do massacre, uma adolescente de 17 anos, foi presa por suspeita de envolvimento no caso.
A jovem é filha mais velha do pedreiro Giovanni Barreca, 54, autor confesso do crime, e foi detida no último dia 14, mas a prisão foi revelada apenas nesta sexta, após ter sido confirmada por um juiz de inquérito preliminar.
No último domingo, Barreca confessou ter matado a esposa de 41 anos e dois filhos de 16 e cinco na pequena cidade de Altavilla Milicia, de apenas 8,7 mil habitantes.
Na ocasião, a adolescente de 17 anos foi encontrada em estado de choque em um dos quartos da casa da família.
O pedreiro está preso, assim como o casal Sabrina Fina, 42, e Massimo Carandente, 50, suspeitos de encorajar Barreca a matar sua família para "libertar a casa de demônios".
Os três suspeitos
Os três suspeitos, todos cristãos, se conheceram nas redes sociais, e não em uma igreja, como a polícia suspeitou inicialmente, e a amizade teria alimentado a obsessão do pedreiro com o exorcismo.
Os corpos dos meninos apresentavam sinais de estrangulamento, e um deles estava amarrado a uma corrente. Já os restos mortais da mãe foram achados carbonizados e sepultados perto da residência. A polícia também encontrou corpos de animais possivelmente torturados e mortos em ritos de exorcismo.
– A filha primogênita participou de torturas em rituais de purificação – disse o procurador que lidera o inquérito, Ambrogio Cartosio, em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira.
– O pai é um sujeito que há anos vive um delírio místico dominado pelo fanatismo religioso – acrescentou. Segundo Cartosio, o "ritual coletivo" havia começado um mês antes do triplo homicídio e envolvia "toda a família Barreca", além de Carandente e Fina.
Já as torturas físicas teriam iniciado na última semana de vida das vítimas, quando os filhos do pedreiro deixaram de ir à escola. "A mãe foi morta primeiro, talvez por se opor a torturas contra os próprios filhos", explicou o procurador.
Barreca, Carandente e Fina responderão por homicídio múltiplo e ocultação de cadáver, enquanto o caso contra a filha mais velha do pedreiro foi encaminhado à Procuradoria dos Menores.