Joe Biden promete reduzir emissões pela metade até 2030
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abriu nesta quinta-feira a Cúpula de Líderes sobre o Clima com a promessa de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 50% até 2030, em uma tentativa de forçar os outros países a adotarem metas mais ambiciosas contra a crise climática.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abriu nesta quinta-feira a Cúpula de Líderes sobre o Clima com a promessa de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 50% até 2030, em uma tentativa de forçar os outros países a adotarem metas mais ambiciosas contra a crise climática.
Por Redação, com ANSA - de Nova York
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abriu nesta quinta-feira a Cúpula de Líderes sobre o Clima com a promessa de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 50% até 2030, em uma tentativa de forçar os outros países a adotarem metas mais ambiciosas contra a crise climática.
Joe Biden convocou cúpula de líderes para discutir crise climática
Ao assinar o Acordo de Paris, em 2015, o então presidente Barack Obama, do qual Biden era vice, havia prometido cortar as emissões entre 26% e 28% até 2025. De acordo com o atual mandatário, a nova meta vai colocar os EUA no caminho de se tornar uma economia neutra em emissões de carbono no máximo até 2050.
– Os cientistas nos dizem que essa década será decisiva, que essa é a década em que devemos tomar decisões que vão evitar as piores consequências da crise climática – declarou o presidente norte-americano.
A cúpula foi convocada pelo próprio Biden, que tenta colocar os EUA na liderança da luta contra o aquecimento global, tema ignorado por Donald Trump em seus quatro anos de mandato.
Segundo a comunidade científica, apenas metas mais ambiciosas podem limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, objetivo estabelecido pelo Acordo de Paris e considerado pouco agressivo por ambientalistas.
– Precisamos agir, todos nós, e essa cúpula é o primeiro passo nesse caminho que vamos percorrer juntos até Glasgow (sede da COP26) – disse Biden, acrescentando que "nenhuma nação pode resolver essa crise sozinha".
– Estamos aqui para discutir como cada um de nós, cada país, pode estabelecer ambições climáticas mais elevadas, que vão criar empregos bem pagos, incentivar tecnologias inovadoras e ajudar países vulneráveis a se adaptarem aos impactos do clima – declarou.
Organizada em menos de três meses, a cúpula climática reúne mais de 40 líderes mundiais para dois dias de debates, incluindo os presidentes Jair Bolsonaro, Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia) e Emmanuel Macron (França) e os primeiros-ministros Mario Draghi (Itália), Narendra Modi (Índia) e Yoshihide Suga (Japão), entre outros.
– Os sinais são inequívocos e inegáveis, e os Estados Unidos não vão esperar – ressaltou Biden.
China
O presidente da China, Xi Jinping, também discursou na cúpula e prometeu reduzir o uso de carvão no país, que é o maior emissor mundial de gases do efeito estufa.
– Devemos nos empenhar para um desenvolvimento verde, para uma economia sustentável para as futuras gerações. Esse é o caminho para reforçar a produtividade, e os países em desenvolvimento devem aumentar suas ambições – cobrou.
Rivais em questões geopolíticas e comerciais, EUA e China assinaram no início da semana um compromisso de cooperar na luta contra a crise climática. De acordo com Xi, o país asiático alcançará a neutralidade nas emissões de carbono até 2060.
Alertas
Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou em seu pronunciamento na cúpula de líderes que o mundo está "à beira do abismo". "Devemos garantir que o próximo passo seja na direção decisiva e correta", alertou.
A ativista sueca Greta Thunberg, por sua vez, afirmou em uma mensagem por ocasião da cúpula climática que os objetivos estabelecidos pelos governos são "largamente insuficientes".
– Não podemos nos contentar com qualquer coisa só porque é melhor que nada – acrescentou a ambientalista.