Okuma, um dos dois municípios onde está localizada a central, foi fechada em março de 2011 e, embora as restrições já tivessem sido suspensas em algumas áreas mais afastadas da usina, parte do terreno mantinha a designação de "difícil retorno" devido aos níveis elevados de radiação.
Por Redação, com ABr - de Brasília
Moradores de algumas áreas da localidade de Okuma foram nesta quinta-feira autorizados a voltar às suas casas. É mais um regresso a uma "zona de difícil retorno", próxima da Central Nuclear de Fukushima, no Nordeste do Japão.
Okuma, um dos dois municípios onde está localizada a central, foi fechada em março de 2011 e, embora as restrições já tivessem sido suspensas em algumas áreas mais afastadas da usina, parte do terreno mantinha a designação de "difícil retorno" devido aos níveis elevados de radiação.
Esta é a segunda vez que as autoridades nipônicas permitem o regresso a uma dessas áreas, depois de, em meados de junho, os moradores da aldeia de Katsurao, a cerca de 35 quilômetros (km) da central nuclear, também terem sido autorizados a voltar para casa.
Grande escala
A decisão desta quinta diz respeito a uma área de 8,6 quilómetros quadrados de Okuma, no centro do município, onde os residentes já tinham autorização para passar a noite desde dezembro, num programa de preparação para um regresso permanente em grande escala.
– Vai ser necessário muito tempo até voltar ao nível anterior, mas hoje é um dia-chave para Okuma – disse o presidente da câmara da cidade, Jun Yoshida, citado pelo jornal japonês Yomiuri.
Atualmente, cerca de 330 quilômetros quadrados de terreno em seis localidades da província de Fukushima, incluindo Katsurao, Okuma e Futaba, ainda estão classificados como "zonas de difícil retorno".
Em 11 de março de 2011, forte tremor desencadeou um tsunami na região. O balanço do desastre, que teve 18,5 mil mortos ou desaparecidos, diz que ele foi causado sobretudo pelas ondas, que em muitas áreas eram da altura de edifícios.
O desastre de Fukushima é considerado o pior acidente nuclear civil desde Chernobyl, na Ucrânia, em abril de 1986.