Rio de Janeiro, 12 de Novembro de 2024

Irã alerta para risco de guerra ‘se espalhar’ para além do Oriente Médio

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Sábado, 09 de Novembro de 2024 às 13:17, por: CdB

Israel, um dos principais inimigos regionais do Irã, está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza e com o Hezbollah no Líbano, dois movimentos aliados a Teerã, que, por sua vez, pede um cessar-fogo em ambas as frentes.

Por Redação, com CartaCapital – de  Teerã

Teerã alertou, neste sábado, sobre o risco de que os conflitos em Gaza e no Líbano, onde Israel está em confronto com as organizações pró-Irã Hamas e Hezbollah, se espalhem para outras regiões do mundo.

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Mesmo com alertas, Israel segue com bombardeios no Líbano e na Faixa de Gaza, além das constantes ameaças ao Teerã

– O mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos não se limitarão ao Oriente Médio – advertiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, em discurso transmitido pela televisão estatal.

– A insegurança e a instabilidade podem se espalhar para outras regiões, mesmo distantes – acrescentou.

Israel, um dos principais inimigos regionais do Irã, está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza e com o Hezbollah no Líbano, dois movimentos aliados a Teerã, que, por sua vez, pede um cessar-fogo em ambas as frentes.

A tensão entre os dois países cresceu no calor dos conflitos em Gaza e no Líbano e, em 26 de outubro, caças israelenses bombardearam instalações militares no Irã, em retaliação a um ataque balístico iraniano contra Israel em 1º de outubro.

Teerã prometeu responder, e Israel deixou claro que atuaria com mais força se isso acontecesse.

Na quinta-feira, Ali Larijani, assessor do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse que o Irã deve se proteger contra uma reação “instintiva” contra Israel para “não cair na armadilha” do governo de Benjamin Netanyahu.

Cessar-fogo

Já o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, declarou no domingo que um eventual cessar-fogo entre os aliados do Irã e os de Israel poderia influenciar a resposta de seu país aos ataques israelenses.

Neste sábado, o Irã também pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que “mude” sua política de “pressão máxima”, aplicada durante sua primeira administração na Casa Branca.

– Trump deve demonstrar que não segue as políticas errôneas do passado. Como um empresário, ele deveria avaliar os prós e os contras e decidir se deseja continuar ou mudar esta política prejudicial – disse Mohamad Javad Zarif, vice-presidente iraniano de assuntos estratégicos, à imprensa.

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