Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Indonésia: equipes de resgate enfrentam chuvas a caminho de vilarejos atingidos por tsunami

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Quarta, 26 de Dezembro de 2018 às 08:21, por: CdB

Chuvas pesadas assolaram vilarejos de pescadores ao longo da costa, cobrindo estradas de lama e atrasando comboios que levam máquinas pesadas e ajuda a áreas isoladas, e as autoridades aconselharam os moradores a manterem distância das praias para o caso de surgirem novas ondas.

Por Redação, com Reuters - de Jacarta

Equipes de resgate da Indonésia enfrentaram chuvas nesta quarta-feira para chegar a áreas remotas do litoral oeste de Java em meio a um alerta de “condições climáticas extremas” após um tsunami que matou mais de 400 pessoas na semana passada.
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Visão aérea de área afetada por tsunami em Banten, na Indonésia
Chuvas pesadas assolaram vilarejos de pescadores ao longo da costa, cobrindo estradas de lama e atrasando comboios que levam máquinas pesadas e ajuda a áreas isoladas, e as autoridades aconselharam os moradores a manterem distância das praias para o caso de surgirem novas ondas. Nuvens de cinzas emanavam do vizinho Anak Krakatoa, ou filho de Krakatoa, quase obscurecendo a ilha vulcânica onde o colapso de uma cratera, ocorrido durante a maré alta de sábado, gerou ondas de até 5 metros que se espalharam pelo litoral no Estreito de Sunda, situado entre as ilhas de Java e Sumatra. A agência de meteorologia da Indonésia (BMKG) disse que o clima ruim pode fragilizar a cratera do vulcão. – Desenvolvemos um sistema de monitoramento concentrado especificamente nos tremores vulcânicos do Anak Krakatoa para podermos emitir alertas com antecedência – disse o diretor da BMKG, Dwikorita Karnawati, acrescentando que uma zona de exclusão de dois quilômetros foi imposta.

Mortes

O saldo de mortes confirmadas é de 430, e ao menos 159 pessoas estão desaparecidas. Quase 1,5 mil pessoas ficaram feridas e mais de 21 mil foram levadas para terrenos mais elevados. Um estado de emergência vigorará até 4 de janeiro, o que as autoridades esperam facilitar o envio de assistência, disse Sutopo Purwo, diretor da agência nacional de mitigação de desastres. Equipes de busca e resgate se concentraram na cidade de Sumur, próxima do extremo sudoeste de Java, mas “as estradas estão danificadas e entupidas” e foi preciso usar helicópteros para realizar avaliações e retiradas, acrescentou. Voluntários estavam tendo que improvisar pontes com blocos de concreto depois que as ondas varreram elementos da infraestrutura ao longo a costa. A Indonésia é um vasto arquipélago situado no “Círculo de Fogo” do Pacífico. Neste ano o país sofreu seu pior saldo de mortes em desastres em mais de uma década. As ondas do tsunami de sábado engoliram vilarejos de pescadores e resorts de férias, deixando o litoral repleto de fragmentos de madeira de casas, veículos esmagados e árvores caídas.
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