Em janeiro, 18 das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram alta de preços, com destaque para indústrias extrativas (9,54%), petróleo e biocombustíveis (2,26%) e veículos automotores (2,27%). Vestuário não teve variação de preços. Entre os cinco segmentos com deflação, o destaque ficou com metalurgia (-1,48%).
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação no valor dos produtos na saída das fábricas, base da cadeia produtiva, registrou inflação de 1,18% em janeiro deste ano. Em dezembro de 2021, o IPP havia apurado deflação (queda de preços) de 0,08%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxa de inflação de 25,51% em 12 meses, abaixo da inflação acumulada em dezembro (28,45%).
Em janeiro, 18 das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram alta de preços, com destaque para indústrias extrativas (9,54%), petróleo e biocombustíveis (2,26%) e veículos automotores (2,27%). Vestuário não teve variação de preços. Entre os cinco segmentos com deflação, o destaque ficou com metalurgia (-1,48%).
Analisando-se as quatro grandes categorias econômicas da indústria, três delas tiveram inflação: bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (2,56%); bens intermediários, ou seja, insumos industrializados usados no setor produtivo (1,73%) e bens de consumo duráveis (1,20%). Bens de consumo semiduráveis e não duráveis tiveram deflação de 0,27%.
Empregos
Já o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado também nesta terça-feira, apontou alta nos indicadores de emprego industrial e faturamento real das empresas no mês de janeiro. Segundo a confederação, o indicador de emprego industrial aumentou 0,1% em janeiro frente a dezembro de 2021, na série dessazonalizada.
Segundo a CNI, com a revisão para cima dos resultados de novembro de 2021 e de dezembro de 2021, o emprego passa a acumular alta de 0,5% nos últimos três meses. Já o indicador de faturamento fechou janeiro com alta de 2,8% e acumulou crescimento de 6,6% entre novembro de 2021 e janeiro de 2022.
A CNI, destaca, no entanto, que o indicador segue abaixo do registrado em todo o primeiro semestre de 2021 e 5,2% abaixo do registrado em janeiro de 2021.
Recuo
Em janeiro, a massa salarial registrou crescimento de 4,2% fechando o terceiro mês consecutivo com alta acumulado de 5,7%. Já as horas trabalhadas na produção mantiveram-se praticamente estáveis na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022, ao registrar recuo de 0,1% na série livre de efeitos sazonais.
“Apesar disso, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) completou sete meses consecutivos de queda. Após atingir 82,3% em junho de 2021, a UCI mostrou queda ao longo de todo o segundo semestre de 2021 e se manteve em queda no primeiro mês de 2022”, informou a CNI, em nota pública.