Mattoo, que tem passaporte indiano, disse que foi barrada na imigração no aeroporto de Nova Délhi na noite de segunda-feira e impedida de viajar para os Estados Unidos, apesar de possuir um visto válido e uma passagem.
Por Redação, com Reuters - de Nova Délhi
As autoridades indianas impediram uma fotojornalista de embarcar em um voo para os Estados Unidos, onde ela planejava participar de uma cerimônia para receber o Prêmio Pulitzer.
Sanna Irshad Mattoo, que mora na cidade de Srinagar, na Caxemira indiana, faz parte de uma equipe de quatro membros da agência inglesa de notícias Reuters que ganhou o Prêmio Pulitzer de 2022 de Fotografia por sua cobertura da pandemia de coronavírus na Índia.
Mattoo, que tem passaporte indiano, disse que foi barrada na imigração no aeroporto de Nova Délhi na noite de segunda-feira e impedida de viajar para os Estados Unidos, apesar de possuir um visto válido e uma passagem.
– Poder participar da cerimônia de premiação era uma oportunidade única na minha vida – disse Mattoo no Twitter na terça-feira.
O Ministério do Interior da Índia não respondeu às perguntas da Reuters. O Ministério das Relações Exteriores disse que não tinha comentários a oferecer.
Os jornalistas na Caxemira estão há muito tempo sob o escrutínio das autoridades locais e nacionais, que também controlam rigorosamente o acesso de repórteres estrangeiros que desejam viajar para lá.
Reivindicada pela Índia
A região do Himalaia é totalmente reivindicada pela Índia e pelo vizinho Paquistão, mas ambos os países controlam apenas partes dela.
– Estamos desapontados que Sanna Irshad Mattoo, colaboradora da Reuters, não tenha sido autorizada a viajar para os Estados Unidos para receber seu Prêmio Pulitzer em Nova York ao lado de seus colegas – disse à agência inglesa de notícias Reuters em comunicado.
Mattoo havia escrito no Twitter em julho que as autoridades de imigração em Nova Délhi também a impediram de voar para a França, onde ela deveria participar de um lançamento de livro e exposição de fotografia.