Grupo de hackers teria atacado 25 cientistas nos EUA e Israel, diz relatório
A companhia de cibersegurança disse que não poderia diretamente ligar as ações dos hackers à Teerã, mas o suposto ataque contra especialistas baseados em Israel seria "consistente" com crescentes tensões geopolíticas entre os dois países.
A companhia de cibersegurança disse que não poderia diretamente ligar as ações dos hackers à Teerã, mas o suposto ataque contra especialistas baseados em Israel seria "consistente" com crescentes tensões geopolíticas entre os dois países.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
A companhia de cibersegurança disse que não poderia diretamente ligar as ações dos hackers à Teerã, mas o suposto ataque contra especialistas baseados em Israel seria "consistente" com crescentes tensões geopolíticas entre os dois países.
Grupo de hackers com supostos laços com Irã teria atacado 25 cientistas nos EUA e Israel, diz relatório
O grupo de hackers TA453, conhecido também como Charming Kitten (Gatinho Charmoso, em português) ou Phosphorus, atacou 25 "profissionais seniores" especialistas em estudos de genética, neurologia e oncologia baseados em Israel e nos Estados Unidos em 2020, anunciou a firma de cibersegurança, Proofpoint, em um relatório.
No entanto, a companhia não pode explicar exatamente o que hackers planejavam fazer com os dados obtidos no curso da cibercampanha chamada BadBlood, mas nota que o grupo utilizou credenciais recolhidas em ataques anteriores para extrair e-mails e usar contas comprometidas em novas operações.
A Proofpoint citou outros relatórios ligando Phosphorus ao governo iraniano e ao Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), mas ressaltou que não poderia "independentemente atribuir TA453 ao IRGC". A companhia de cibersegurança também notou que não podia "eventualmente determinar a motivação" de hackers envolvidos na campanha BadBlood.
Mesmo assim, de acordo com a empresa, as técnicas usadas em ataques contra pesquisadores médicos em Israel e nos Estados Unidos corresponderam a técnicas usadas anteriormente pelos hackers do grupo, porém, Phosphorus nunca as havia conduzido contra tais indivíduos.
A companhia relembrou que historicamente o TA453 atacou "dissidentes, acadêmicos, diplomatas e jornalistas [iranianos]", mas sugeriu que a recente campanha BadBlood poderia "ter sido a especifica necessidade para coleta [de dados] de inteligência a curto prazo".
Cibercampanha
Além disso, a Proofpoint adicionou que a cibercampanha contra indivíduos israelenses também seria "consistente com tensões geopolíticas entre Israel e Irã, que se intensificaram em 2020".
De acordo com o relatório, hackers utilizaram um clássico ataque de phishing (técnica de engenharia social usada para enganar usuários e obter informações confidenciais), enviando e-mails a suas vítimas como sendo um físico israelense proeminente, e as convidando para ler a reportagem anexa intitulada "Visão Geral de Armas Nucleares: Israel".
O e-mail continha o link que levava a uma página falsa e, em seguida, para o serviço em nuvem OneDrive, da Microsoft, que pedia ao usuário para inserir suas credenciais, permitindo então aos hackers roubá-las sem conhecimento do usuário.
Recentemente, a Microsoft anunciou que os hackers atacaram contas de 100 participantes da Conferência de Segurança em Munique, na Alemanha, em 2020, e de um número não especificado de funcionários de uma campanha presidencial em 2019, sem fazer menção ao país correspondente.