Recentemente, cresceu no Ocidente um movimento para bloquear a entrada de russos na Europa. As primeiras declarações sobre a questão vieram das primeiras-ministras da Finlândia, Sanna Marin, e da Estônia, Kaja Kallas.
Por Redação, com Sputnik - de Moscou
Grécia e Chipre se opõem à proibição da emissão de vistos de turismo para russos, informou o site norte-americano Politico nesta sexta-feira, citando autoridades.
– Esta seria uma decisão na direção errada. Até os cidadãos turcos recebem vistos das autoridades cipriotas, então não achamos que essa medida tenha qualquer valor em relação aos russos – disse Kornelios Korneliou, secretário permanente do Ministério das Relações Exteriores cipriota.
Segundo o site, com base em informações de funcionários gregos, Atenas também não considera a possibilidade de alterar o status dos vistos russos.
Recentemente, cresceu no Ocidente um movimento para bloquear a entrada de russos na Europa. As primeiras declarações sobre a questão vieram das primeiras-ministras da Finlândia, Sanna Marin, e da Estônia, Kaja Kallas.
A Estônia confirmou e já anunciou a proibição da emissão de vistos para russos, bloqueando inclusive a entrada de documentos já emitidos. Paralelamente, a Letônia também passou a impedir a emissão de novos vistos.
Na última terça-feira, a Finlândia, por meio do Ministério das Relações Exteriores, informou que vai diminuir a emissão dos vistos a russos a partir de 1º de setembro, segundo à agência inglesa de notícias Reuters.
A mídia relatou que o governo finlandês deu como justificativa para a medida o fato de turistas russos estarem utilizando o aeroporto de Helsinque–Vantaa como porta de entrada para destinos de férias europeus, após o cancelamento das restrições de fronteira relacionadas à pandemia pela Rússia há um mês.
Moscou classifica as decisões como uma demonstração chauvinista. Segundo declarou o departamento de Informação e Imprensa da chancelaria russa, a medida de autoridades europeias não ocorrerão sem consequências.
Países bálticos
Os países bálticos foram criticados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por membros do Parlamento Europeu. A eurodeputada estoniana Yana Toom, por exemplo, chamou a decisão do governo como "absurda".
A medida também foi alvo de críticas do jornalista britânico William Nattrass, em seu artigo para a edição norte-americana The Wall Street Journal.
– É vergonhoso que a União Europeia esteja pensando em acusar de todos os pecados cidadãos comuns, enquanto o bloco segue permitindo o fornecimento de combustíveis para a Europa pelos gigantes energéticos estatais russos – escreveu o colunista.