Segunda, 08 de Novembro de 2021 às 13:10, por: CdB
Segundo o relatório, publicado nesta segunda-feira, o governo federal gastou R$ 18,8 milhões para divulgar a nova cédula de R$ 200, enquanto os anúncios sobre as precauções que deveriam ser tomadas durante a pandemia de covid-19, como o uso de máscaras e de álcool em gel, custaram R$ 14,4 milhões.
Por Redação - de Brasília
A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo Bolsonaro gastou mais na campanha publicitária para o lançamento da cédula de R$ 200 do que na divulgação de medidas preventivas contra a covid-19. As informações foram obtidas de um levantamento feito pelo diário conservador carioca O Globo.
Segundo o relatório, publicado nesta segunda-feira, o governo federal gastou R$ 18,8 milhões para divulgar a nova cédula de R$ 200, enquanto os anúncios sobre as precauções que deveriam ser tomadas durante a pandemia de covid-19, como o uso de máscaras e de álcool em gel, custaram R$ 14,4 milhões.
A diferença de prioridades fica ainda mais evidente quando se verifica que, depois de um ano e dois meses do lançamento, a cédula de R$ 200 corresponde somente a 1,11% de todas as notas em circulação no país, conforme o Sistema de Administração do Meio Circulante.
Propaganda
O baixo nível de investimento na difusão de informações sobre prevenção durante a pandemia por parte do governo federal chamou a atenção no meio político. Em seu perfil no Twitter, o senador Humberto Costa (PT-PE), que integrou a CPI da Covid, falo sobre o tema.
“Um dado que diz muito: o governo Bolsonaro gastou mais com a divulgação da cédula de R$ 200 do que com propagandas sobre a importância da prevenção ao coronavírus. A nota representa apenas 1% de todas em circulação. Já a pandemia, matou mais de 600 mil pessoas no país”, escreveu o parlamentar.
“Bolsonaro torrou R$ 18,8 milhões com a divulgação na nova cédula de R$ 200. Foram R$ 4,4 milhões a mais do que com a campanha de prevenção contra o covid-19. Esse governo não está nem aí para o nosso povo.”, criticou, também no Twitter, o deputado federal Chico D’Angelo (PDT-RJ).
Assessoria
Ainda no campo da propaganda, uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pede que seja suspensa a licitação do governo federal para a contratação de empresa que promova a imagem do presidente Jair Bolsonaro no exterior.
O governo pretende desembolsar R$ 60 milhões apenas em 2022 para algumas ações internacionais, sendo que a principal delas seria a contratação de uma assessoria de imprensa para apresentar o modelo de gestão de Bolsonaro ao mundo.