O principal motivo da visita do papa foi para discursar no Sétimo Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais, um encontro que reúne cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, hindus e muitas outras religiões, em sua maioria menores.
Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano
O papa Francisco encerrou uma viagem ao Cazaquistão nesta quinta-feira, quando um de seus críticos mais francos questionou abertamente o valor de grandes encontros de fé, como a que o pontífice participou, chamando-as de "um supermercado de religiões" que diminuíram o status da Igreja Católica. No último dia de sua visita de três dias, Francisco presidiu uma reunião de bispos, padres e freiras na catedral da capital cazaque. Na plateia, estava o bispo local Athanasius Schneider, um arquiconservador que muitas vezes criticou incisivamente o papa progressista em uma série de questões. O principal motivo da visita do papa foi para discursar no Sétimo Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais, um encontro que reúne cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, hindus e muitas outras religiões, em sua maioria menores. Ao elogiar a capacidade do congresso de "promover o respeito mútuo no mundo", Schneider, de 61 anos, disse acreditar que há o "perigo" de colocar o catolicismo no mesmo plano de outras religiões. – Pode dar a impressão de um supermercado de religiões, e isso não é correto, porque só existe uma religião verdadeira, que é a Igreja Católica fundada pelo próprio Deus – disse Schneider a repórteres na catedral.