Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Francisco pede fim de guerra e retorno ao diálogo em evento com Clinton

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Segunda, 18 de Setembro de 2023 às 14:06, por: CdB

De acordo com o religioso, "é importante difundir a cultura do encontro, a cultura do diálogo, a cultura da escuta e da compreensão", além de ser "necessário partilhar opiniões sobre como contribuir para o bem comum.


Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano/Nova York


O papa Francisco alertou nesta segunda-feira que é preciso dar um basta nas guerras e voltar ao diálogo e à diplomacia, durante um discurso virtual na abertura do encontro Clinton Global Initiative 2023, que acontece em Nova York.




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O papa Francisco e o  ex-presidente americano Bill Clinton

A iniciativa, que é promovida pelo ex-presidente americano Bill Clinton até a esta terça-feira, tem como objetivo encontrar potenciais soluções para as preocupações globais da atualidade.


– É hora de encontrar a mudança da paz, a mudança da fraternidade. É hora de cessarem as armas. De voltarmos ao diálogo, à diplomacia. É por isso que repito: não à guerra. Não à guerra – declarou o Pontífice em espanhol.


De acordo com o religioso, "é importante difundir a cultura do encontro, a cultura do diálogo, a cultura da escuta e da compreensão", além de ser "necessário partilhar opiniões sobre como contribuir para o bem comum e como não deixar de lado as pessoas mais vulneráveis, como as crianças".


Francisco aproveitou para lembrar que os menores estão na origem "do nosso encontro", da missão e do trabalho do Hospital Infantil Bambino Gesù, em Roma, ressaltando que só juntos será possível curar o planeta.


– Todos sabemos que vivemos numa época em mudança. Só juntos poderemos sair melhores dela. Juntos. Só juntos podemos curar o mundo de um anonimato que é a globalização da indiferença – enfatizou.


O líder da Igreja Católica citou Clinton, dizendo que ele enumerou os diversos desafios do mundo, como as alterações climáticas, as crises humanitárias que afetam os migrantes e refugiados, os cuidados infantis e muitos outros.


– A eles acrescentaria o vento da guerra que sopra sobre o mundo, alimentando com o espírito de guerra o que muitas vezes chamei de terceira guerra mundial fragmentada – observou.



“Nenhum desafio pode ser enfrentado sozinho”


Segundo o papa, nenhum desafio pode ser enfrentado sozinho, por isso "é necessária uma grande e comum assunção de responsabilidades", porque "nenhum desafio é demasiado grande se o enfrentarmos a partir da conversão pessoal de cada um de nós, da contribuição pessoal que cada um pode dar para superá-lo e da consciência daquilo que nos faz partilhar do mesmo destino".


O religioso lembrou ainda que, nas dificuldades, pode surgir o melhor ou pior de nós mesmos e isso é o desafio. "Combater o egoísmo, o narcisismo, a divisão com generosidade, humildade, unidade é melhor que o conflito".


Por fim, Jorge Bergoglio defendeu que é hora de todos se unirem para trabalhar para "deter a catástrofe ecológica, antes que seja tarde demais", e recordou que é exatamente por isso que escreveu um novo documento, 10 anos depois da Encíclica Laudato Si.


– É hora de enfrentarmos juntos as emergências migratórias, lembrando que não estamos falando de números, mas de pessoas, homens, mulheres e crianças. Quando falamos de migração pensamos nos olhos das crianças que encontramos nos campos de refugiados. É hora de pensar nos pequenos, nas crianças, na sua educação, nos seus cuidados – acrescentou ele, reforçando que está preocupado "com ambas as coisas, as crianças e as alterações climáticas".


– Por favor, vamos agir contra as alterações climáticas antes que seja tarde demais – alertou.






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