Rio de Janeiro, 08 de Novembro de 2024

França: mais de 300 pessoas são detidas em protestos

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Sexta, 17 de Março de 2023 às 10:30, por: CdB

Em Paris, a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os manifestantes reunidos na ‘Place de la Concorde’, próxima da Assembleia Nacional (câmara baixa), após a decisão do governo.


Por Redação, com CartaCapital - de Paris


As forças de segurança prenderam 310 pessoas na quinta-feira na França durante os protestos que explodiram depois que o governo decidiu adotar a impopular reforma da Previdência sem o voto dos deputados, anunciaram as autoridades.




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As forças de segurança prenderam 310 pessoas na França durante os protestos

– A oposição é legítima, as manifestações são legítimas, a desordem não – afirmou o ministro do Interior, Gérald Darmanin, em entrevista à rádio RTL, antes de advertir que o governo não permitirá o surgimento de “manifestações espontâneas”.


Em Paris, a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os manifestantes reunidos na ‘Place de la Concorde’, próxima da Assembleia Nacional (câmara baixa), após a decisão do governo.


O ministro afirmou que até 10 mil pessoas se reuniram no local e 258 foram detidas. Outras 24 cidades da França também registraram manifestações, que reuniram o total 52 mil pessoas, segundo um balanço da polícia.


As cidades de Rennes (oeste), Nantes (oeste) e Lyon (este) também registraram incidentes. Cinquenta e quatro policiais ficaram feridos.



Aumento da idade de aposentadoria


A decisão do governo de usar o polêmico artigo 49.3 da Constituição para adotar o aumento da idade de aposentadoria de 62 a 64 anos sem submeter a medida ao voto dos deputados, pelo medo de perder a votação, alimentou os protestos na quinta-feira.


Na manhã desta sexta-feira, quase 200 manifestantes bloquearam o anel viário de Paris por meia hora, observou um jornalista da agência francesa de notícias AFP.


O governo está sob pressão e aguarda o resultado do voto de desconfiança anunciado contra o Executivo da primeira-ministra Élisabeth Borne. A votação deve acontecer no início da próxima semana e se a moção de censura for adotada, isto também derrubaria a reforma.


A imprensa francesa é unânime em criticar o presidente Emmanuel Macron por ter usado o polêmico mecanismo para adotar seu projeto. Os jornais consideram que o recurso demonstra o “fracasso” e a “fraqueza” do governante.


O uso do 49.3 “não é um fracasso”, disse o ministro do Trabalho, Olivier Dussopt. “Nossa vocação é continuar governando”, afirmou o porta-voz do governo, Olivier Véran.


Protestos foram motivados após governo decidir adotar a impopular reforma da Previdência sem o voto dos deputados



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