Quinta, 18 de Fevereiro de 2021 às 09:08, por: CdB
O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou, no Diário Oficial da União desta quinta-feira, portaria na qual autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança em apoio ao governo do Acre, nas "atividades de bloqueio excepcional e temporário de entrada no país de estrangeiros".
Por Redação, com ABr e Sputnik - de Brasília
O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou, no Diário Oficial da União desta quinta-feira, portaria na qual autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança em apoio ao governo do Acre, nas "atividades de bloqueio excepcional e temporário de entrada no país de estrangeiros".
Segundo a portaria, a medida tem caráter "episódico e planejado", com duração de 60 dias, a contar desta quinta. Se necessário, esse prazo, que a princípio se encerra em 18 de abril, poderá ser prorrogado.
Caberá ao governo do Acre dar o apoio logístico necessário para a operação.
O contingente deverá seguir o planejamento definido pela diretoria da Força Nacional, vinculada ao Ministério da Justiça.
Segundo o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, existem 270 imigrantes nos abrigos e mais de 150 acampados na ponte, além dos que estão nas ruas da cidade.
– É muita gente na cidade e os imigrantes não usam máscara. O governo vai ajudar na testagem, mas o problema não é a quantidade de testes, porque estamos com dois abrigos, mas não temos mais espaço físico – disse.
Assis Brasil é a cidade com a maior taxa de contaminação da covid-19 no Acre. São 1.376 casos para cada 10 mil habitantes na cidade. Em todo o município, há 1.037 casos confirmados e 12 mortos.
O drama dos imigrantes em Assis Brasil
No último domingo, um grupo de imigrantes que chegou a ter cerca de 400 pessoas deixou os abrigos que ocupavam em Assis Brasil e se concentraram na Ponte da Integração, na fronteira com o Peru.
Os imigrantes tentavam deixar o país, mas foram barrados pelas autoridades peruanas. Na terça-feira, os imigrantes enfrentaram a polícia peruana ao invadirem a cidade de Iñapari, no lado peruano da fronteira.
Depois de confronto, o grupo foi reunido pelos policiais peruanos e mandado de volta para Assis Brasil. Parte do grupo aceitou voltar para os abrigos cedidos pela prefeitura, mas alguns imigrantes seguem ocupando a Ponte da Integração.