Fabricante da vacina Sputnik V declarou nesta quinta-feira que está iniciando uma reclamação legal por difamação contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil por espalhar informações falsas sobre o inoculante russo.
Por Redação, com Sputnik - de Brasília Fabricante da vacina Sputnik V declarou nesta quinta-feira que está iniciando uma reclamação legal por difamação contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil por espalhar informações falsas sobre o inoculante russo.
A Anvisa decidiu na segunda-feira não recomendar a importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V devido à falta de dados e ao risco de doenças por falhas na fabricação.
Na segunda-feira, o vice-diretor de pesquisa científica do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, fabricante do imunizante, Denis Logunov, destacou que a Federação da Rússia realiza o controle de série de tudo que é produzido pelo Centro Gamaleya e por outros fabricantes.
Ainda segundo Denis Logunov, nenhum controle tem informação de que a vacina possui adenovírus replicante, e a Anvisa não solicitou protocolos de controle de qualidade consolidados.
– Ou seja, não houve nenhuma discussão sobre (...) conteúdo específico de partículas replicantes no medicamento. É importante dar atenção e dizer que a declaração que pelo menos eu vi na imprensa, com certeza, não tem nada a ver com a realidade – afirmou Logunov.
Em resposta a notícias falsas que estão circulando a partir do relatório incorreto da Anvisa, consulte um comunicado oficial do Instituto Gamaleya que confirma que no Sputnik V E1 foi excluído e não há RCA presente. Também informamos a Anvisa sobre o assunto.
Nesta quinta-feira, o fabricante do imunizante citou em sua conta no Twitter as palavras do Gerente-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos, que teria reconhecido que agência brasileira cometeu um erro.
Anvisa admite erro. Gustavo Mendes, gerente de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa: "Não recebemos amostras da vacina para teste (...). Então, precisa ficar claro, não fizemos teste para adenovírus replicado".
Apesar da decisão da Anvisa de não recomendar a importação excepcional da vacina Sputnik V, o governo russo disse que continuará o diálogo sobre o imunizante com o Brasil.