O aval chega após as duas empresas terem apresentado garantias para proteger a concorrência no Aeroporto de Milão-Linate e em rotas que conectam a Itália com a Europa Central e a América do Norte.
Por Redação, com ANSA – de Roma
O poder Executivo da União Europeia aprovou nesta quarta-feira a compra de 41% da companhia aérea italiana ITA Airways pelo grupo alemão Lufthansa.
O aval chega após as duas empresas terem apresentado garantias para proteger a concorrência no Aeroporto de Milão-Linate e em rotas que conectam a Itália com a Europa Central e a América do Norte.
A Lufthansa comprará 41% da ITA, companhia 100% controlada pelo governo italiano e nascida do espólio da falida Alitalia, por meio de um aumento de capital de 325 milhões de euros (R$ 2 bilhões), mas a previsão é de que o grupo alemão assuma o restante das ações até 2033, com um investimento total de 829 milhões de euros (R$ 5,1 bilhões).
– O pacote de remédios proposto pela Lufthansa e pelo Ministério da Economia [da Itália] responde plenamente às nossas preocupações em matéria de concorrência – disse a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager.
ITA e Lufthansa concordaram em ceder entre 15 a 17 pares de slots (de 30 a 34 voos diários) em Milão-Linate, mais que os 11 atualmente detidos pelos alemães, para permitir que outra companhia possa se estabelecer de maneira estruturada no aeroporto, um dos principais da Itália. A principal candidata a ocupar esse espaço seria a britânica de baixo custo EasyJet.
Garantias apresentadas
As garantias apresentadas à UE também preveem a cessão de rotas entre a Itália e países como Alemanha, Áustria, Bélgica e Suíça, bem como de voos entre o Aeroporto de Roma-Fiumicino e as cidades de Chicago, São Francisco e Washington, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá.
A Lufthansa chegou a negociar a compra da antiga Alitalia na década passada, mas sempre impôs como condição uma profunda reestruturação na companhia aérea, o que só aconteceu com o surgimento da ITA (Italia Trasporto Aereo), em outubro de 2021.
– Hoje encerramos um caso antigo e histórico. Trata-se de um sucesso para este governo e um sucesso italiano, europeu e alemão – celebrou o ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, acrescentando que Roma se tornará um “hub” de viagens para América e África.