Rio de Janeiro, 06 de Maio de 2025

EUA são o principal império de ciberataques, diz diplomata chinês

Diplomata chinês afirma que EUA são os maiores responsáveis por ciberataques globais, usando hackers e espionagem cibernética para manter hegemonia.

Terça, 08 de Abril de 2025 às 11:34, por: CdB

Segundo o diplomata, as enormes forças cibernéticas do país estadunidense não param de crescer graças a treinamentos secretos de organizações de hackers.

Por Redação, com Sputnik – de Pequim

Os Estados Unidos são o maior império “hacker” do mundo e o principal culpado por ataques cibernéticos, afirmou nesta terça-feira o Embaixador da República Popular da China na Rússia, Zhang Hanhui, em entrevista à agência russa de notícias  Sputnik.

EUA são o principal império de ciberataques, diz diplomata chinês | Os Estados Unidos são o maior império “hacker” do mundo
Os Estados Unidos são o maior império “hacker” do mundo

– Os Estados Unidos são a maior fonte de ataques cibernéticos. Como o primeiro país a criar o Cyber ​​Command, os EUA têm buscado ativamente uma estratégia de dissuasão cibernética em larga escala nos últimos anos, tornando-se o principal impulsionador da militarização do ciberespaço – comentou ele.

Ainda segundo o diplomata, as enormes forças cibernéticas do país estadunidense não param de crescer graças a treinamentos secretos de organizações de hackers altamente qualificados para se infiltrarem em redes de outros países.

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– Os Estados Unidos incluíram abertamente a infraestrutura crítica de outros países como alvos legítimos para seus ataques cibernéticos e há muito tempo realizam ataques cibernéticos indiscriminados e em larga escala – disse ele.

O embaixador acrescentou que os EUA desenvolveram um conjunto de ferramentas, com o codinome Marble, que usa algoritmos de ofuscação para enganar os sistemas de análise de fontes de ataque e transferir a responsabilidade pelos ataques cibernéticos para outros países.

– Os EUA controlam firmemente os principais nós da Internet, como os cabos submarinos de fibra ótica nos oceanos Atlântico e Pacífico, e construíram sete centros nacionais, um após o outro, para interceptar todo o tráfego – esclareceu Zhang.

– Os EUA há muito tempo conduzem espionagem cibernética indiscriminada contra vários países ao redor do mundo, incluindo seus aliados, por meio de programas como Prism e Camberdada. Pode-se dizer que, nessa área, os EUA não reconhecem nenhum laço de parentesco e não vão parar por nada – concluiu Zhang Hanhui.

Prism é o codinome de um programa que a Agência de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês) dos EUA usou para coletar informações secretamente interceptando chamadas telefônicas e e-mails. A existência do programa veio a público por meio de publicações no The Washington Post e no The Guardian.

Camberdada é um projeto usado pela NSA para monitorar as atividades de empresas de antivírus. Informações sobre este projeto foram tornadas públicas graças às atividades do ex-funcionário da NSA Edward Snowden.

Boicotes para manter hegemonia no ciberespaço

O embaixador afirmou ainda que a busca em restringir o desenvolvimento científico e tecnológico da China é uma tentativa dos EUA de fortalecer sua hegemonia no ciberespaço e suprimir o desenvolvimento das tecnologias de rede e comunicação chinesas:

– Os EUA estão exagerando a ‘ameaça cibernética chinesa’, mas seu verdadeiro objetivo é criar uma atmosfera de alarme na comunidade internacional para justificar o aumento do orçamento de segurança cibernética e justificar operações cibernéticas ofensivas, fortalecendo constantemente seu controle total sobre o ciberespaço global – disse ele.

Roubo de dados

Ele observou que os Estados Unidos denigrem os equipamentos de rede e telecomunicações chineses por serem seguros e impedirem que as agências de inteligência americanas instalem “backdoors” para espionar e roubar dados.

– Depois de exagerar as informações sobre Volt Typhoon [um grupo de hachers], o aplicativo do governo dos EUA para o ano fiscal de 2025 anunciou que os gastos com segurança cibernética de departamentos e agências administrativas civis atingiram um recorde de US$ 13 bilhões, o que é 10% a mais do que no ano fiscal de 2024 – enfatizou Zhang Hanhui.

O embaixador observou que a China é responsável por 42% dos pedidos de patentes do mundo na área de padrões 5G, e a participação do país no mercado global de estações base 5G e smartphones ultrapassa 50%, o que cria uma concorrência real para empresas americanas relevantes.

– Ao denegrir as tecnologias 5G chinesas e impor sanções e proibições a empresas como a Huawei, os Estados Unidos estão tentando conter o desenvolvimento científico e tecnológico da China e manter sua hegemonia no ciberespaço – concluiu o diplomata.

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