Utilizando uma técnica de análise mais sofisticada, pesquisadores norte-americanos identificaram também a presença de outras moléculas orgânicas, como cianeto de hidrogênio (HCN), acetileno (C2H2), propileno (C3H6) e etano (C2H6).
Por Redação, com ANSA - de Nova York
Novas moléculas orgânicas, como etano e acetileno, foram descobertas nos gêiseres de Encélado, lua de Saturno que tem um oceano líquido abaixo de sua superfície congelada e que poderia hospedar formas de vida.
É o que indica um novo estudo publicado na revista Nature Astronomy e conduzido por Jonah Peter, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a partir de dados obtidos pela missão Cassini.
Entre 2005 e 2015, a sonda nascida da colaboração entre a Nasa e as agências espaciais da Europa (ESA) e da Itália (ASI) sobrevoou Encélado várias vezes, chegando a menos de 50 quilômetros da superfície.
Há muito se acredita que, sob a camada de gelo da lua de Saturno, exista um grande oceano de água líquida que pode reunir condições e ingredientes necessários para a vida.
Espectrômetro de massa
Os dados coletados pelo espectrômetro de massa (instrumento para identificar moléculas) da Cassini já tinham permitido determinar a composição química das nuvens de vapor dos gêiseres de Encélado, compostas principalmente por água, dióxido de carbono (CO2), metano e hidrogênio molecular, mas não era possível reconhecer vestígios de moléculas mais complexas.
Agora, utilizando uma técnica de análise mais sofisticada, pesquisadores norte-americanos identificaram também a presença de outras moléculas orgânicas, como cianeto de hidrogênio (HCN), acetileno (C2H2), propileno (C3H6) e etano (C2H6).
Essas moléculas são fundamentais para a vida e apoiam a possibilidade de que formas de existência primordiais possam habitar abaixo da espessa camada de gelo de Encélado, que, nos próximos anos, pode tornar-se destino de missões pensadas para procurar vestígios de vida alienígena.