Os participantes foram citados por interrupção intencional das operações da universidade. Eles receberam ordens para ficar longe do campus por 14 dias e depois foram liberados.
Por Redação, com Poder360 – de Washington
Manifestantes pró-Palestina foram presos por tentarem montar um novo acampamento na UCLA (Universidade da Califórnia), em Los Angeles, na noite de segunda-feira. Na ocasião, os policiais prenderam 27 pessoas durante o ato.
Os participantes foram citados por interrupção intencional das operações da universidade. Eles receberam ordens para ficar longe do campus por 14 dias e depois foram liberados. Em maio de 2024, a polícia já havia desocupado um acampamento na mesma universidade. As informações são da agência norte-americana de notícias Associated Press (AP).
Em comunicado, Rick Braziel, vice-chanceler de segurança da UCLA, disse que os estudantes presos poderão enfrentar sanções disciplinares, que podem incluir banimento, impedimento para a realização das provas finais ou não participar das cerimônias de formaturas.
Durante a manifestação, também ocorreram ataques que deixaram seis policiais da UCLA feridos, além de um segurança que ficou com a cabeça sangrando depois de ser atingido. “Simplificando, esses atos de protesto não pacíficos são abomináveis e não podem continuar”, disse Braziel.
Atos em universidades dos EUA
A onda recente de protestos foi impulsionada por estudantes da Universidade Columbia, em Nova York.
Estudantes pró-Palestina começaram a montar o acampamento em 17 de abril, mesmo dia em que a presidente da instituição, Minouche Shafik, testemunhou no Comitê sobre Educação e Trabalho da Câmara dos EUA, na ocasião, falou sobre as medidas que a universidade tomou em relação às acusações de antissemitismo no campus.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro de 2023, atitudes antissemitas foram registradas em universidades norte-americanas. A questão, inclusive, resultou na renúncia de Claudine Gay do cargo de presidente de Harvard, em 2 janeiro.
Os protestos se espalharam por instituições da Ivy League, como Princeton, Brown, Yale, Cornell, Universidade da Pensilvânia e Dartmouth, com manifestantes exigindo o fim da guerra na Faixa de Gaza e o corte de laços com entidades associadas ao governo de Israel. As respostas das universidades variaram, com algumas adotando medidas de repressão e outras chamando a polícia devido a preocupações com a segurança e a interrupção das atividades acadêmicas.