Rio de Janeiro, 26 de Março de 2025

Estoques reguladores são retomados para evitar alta exagerada de preços

A iniciativa é liderada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que planeja investir aproximadamente R$ 1 bilhão na compra desses grãos.

Segunda, 10 de Fevereiro de 2025 às 20:16, por: CdB

A iniciativa é liderada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que planeja investir aproximadamente R$ 1 bilhão na compra desses grãos.

Por Redação, com ABr – de Brasília

Em resposta à escalada dos preços dos alimentos que compõem a cesta básica, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou uma série de ações para garantir a oferta e estabilizar os valores de produtos essenciais no mercado interno. A estratégia inclui a formação de estoques reguladores de arroz, milho e trigo; além do redirecionamento de recursos para financiar produtores e possíveis ajustes nas tarifas de importação.

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Parte dos grãos colhidos, em todo o país, será reservada para regular os preços

A iniciativa é liderada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que planeja investir aproximadamente R$ 1 bilhão na compra desses grãos. A secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli de Oliveira, destacou que medidas como controle de preços ou alterações na validade dos produtos estão descartadas. Ela atribui a alta dos alimentos a fatores externos e climáticos, mas acredita em uma estabilização em breve.

— Teremos uma safra recorde neste ano. Com a ampliação do volume do Plano Safra, redução de juros para financiamento da produção de alimentos da cesta básica e retomada da política de estoques, já tivemos a menor inflação de alimentos em 2023. O resultado de 2024 refletiu aumento do preço internacional de commodities e as perdas de safra por eventos climáticos extremos. Agora, com queda do dólar e aumento da produção, o preço dos alimentos ficará estável. Teremos uma inflação de alimentos muito abaixo da média dos anos anteriores ao governo Lula — disse Fernanda de Oliveira.

 

Contrato

A compra de arroz para compor os estoques deve ser concretizada até julho de 2025, com um investimento inicial de R$ 1 bilhão. O contrato foi estruturado após as enchentes no Rio Grande do Sul, e a expectativa é que o preço do produto caia significativamente no segundo semestre.

Além do arroz, o governo pretende utilizar contratos de opção para o milho e avalia a viabilidade para o trigo.

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