Desgaste de Ciro amplia chance da vitória de Lula, no primeiro turno
A entrevista de Duvivier, sobre a condição lamentável da campanha ‘cirista’, ocorre em linha com a opinião do CEO da Atlas, Andrei Roman, em conversa com jornalistas do canal norte-americano de TV CNN, nesta manhã. Segundo Roman,“existe um movimento nítido de voto útil” no eleitorado brasileiro neste momento.
A entrevista de Duvivier, sobre a condição lamentável da campanha ‘cirista’, ocorre em linha com a opinião do CEO da Atlas, Andrei Roman, em conversa com jornalistas do canal norte-americano de TV CNN, nesta manhã. Segundo Roman,“existe um movimento nítido de voto útil” no eleitorado brasileiro neste momento.
Por Redação - de São Paulo
O desgaste do candidato pedetista à Presidência da República, Ciro Gomes, foi ampliado nesta terça-feira, a apenas quatro dias das eleições, com a declaração do humorista Gregório Duvivier, alvo recentemente de uma peça publicitária da campanha pedetista que o compara ao bolsonarista Adrilles Jorge, da Jovem Pan.
Pré-candidato do PDT, Ciro Gomes insiste em concorrer à Presidência, em 2022
Para Duvivier, "tudo o que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem de agregador, Ciro Gomes tem de desagregador". E lamentou que Ciro esteja "implodindo" o PDT, sigla que tem Leonel Brizola como líder histórico.
— Ele está fazendo igual o (ex-governador João) Doria fez com o PSDB: implodindo o PDT. É uma pena, porque o PDT é um partido sério — acrescentou.
A entrevista de Duvivier, sobre a condição lamentável da campanha ‘cirista’, ocorre em linha com a opinião do CEO da Atlas, Andrei Roman, em conversa com jornalistas do canal norte-americano de TV CNN, nesta manhã. Segundo Roman,“existe um movimento nítido de voto útil” no eleitorado brasileiro neste momento.
Movimento
A pesquisa sobre as eleições presidenciais, divulgada nesta terça-feira, mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 48,3% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 41% Depois aparecem Ciro Gomes (PDT), com 3,5%; Simone Tebet (MDB), com 2,1%, Felipe D’Avila (Novo), com 1,3%; e Soraya Thronicke (União Brasil), com 1%.
Roman pontua a queda “significativa” de 2,5 pontos percentuais do candidato Ciro Gomes (PDT) (em relação à última pesquisa Atlas) como reflexo desse movimento.
— Esse movimento de voto útil afeta tanto Ciro quanto Tebet, mas para o Ciro esse movimento foi acentuado ainda mais após o debate — afirmou Roman.
Traído
Sob a pressão da campanha pelo ‘voto útil’ contra ele e instado a desistir da candidatura, Ciro Gomes resolveu ignorar o Ceará, seu reduto eleitoral, após brigar com sua família.
— Recebi uma facada poderosa nas costas. A traição é a cara do momento no Ceará. Resolvi não ir ao meu Estado pela primeira vez. Que o cearense diga lá o que quer fazer de mim — disse o pedetista à mídia de ultradireita.
A pesquisa Ipec divulgada na semana passada indica que Ciro tem 10% das intenções de voto no Ceará. Ocupa o terceiro lugar no Estado onde construiu sua trajetória política, atrás do presidente Jair Bolsonaro (PL), que está com 18%, e de Lula, com 63%.
Além disso, Roberto Cláudio, do PDT, que concorre a governador do Ceará com apoio de Ciro, corre o risco de ficar fora do segundo turno, que deve ser disputado entre Elmano de Freitas (PT), candidato de Lula, e Capitão Wagner (União Brasil), nome avalizado por Bolsonaro.
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