O incidente ocorreu nas obras para a construção de uma unidade da rede de supermercados Esselunga e teria sido causado pelo colapso de um dos pilares principais da estrutura.
Por Redação, com ANSA - de Roma
Um desabamento no canteiro de obras de um supermercado em Florença, na Itália, deixou ao menos três operários mortos e três feridos na manhã desta sexta-feira.
Outras três pessoas ficaram presas sob os escombros, de acordo com a Agência Sanitária Local (ASL) da Toscana, enquanto os trabalhadores resgatados com vida foram levados a um hospital, sendo dois em estado grave.
No entanto, segundo o governador toscano, Eugenio Giani, as esperanças de ainda encontrar alguém vivo foram "reduzidas ao mínimo".
O incidente ocorreu nas obras para a construção de uma unidade da rede de supermercados Esselunga e teria sido causado pelo colapso de um dos pilares principais da estrutura.
– Estava sentada na minha sala, que dá de frente para o canteiro, quando ouvi um barulho e vi se levantar uma nuvem de poeira e alguns operários correndo em direção ao desabamento – contou Miriam, que mora nos arredores do local do acidente.
– Eu vi da janela uma trave partida onde ocorreu a queda. Não sabia que tinha gente sob os escombros – declarou.
Segundo o governador Giani, havia um ônibus escolar do lado de fora do canteiro, e "foi por um milagre que o desabamento não atingiu também as crianças".
Vítimas do desabamento
Nas redes sociais, a premiê Giorgia Meloni expressou "condolências pelas vítimas do desabamento".
"Acompanho com apreensão a evolução da situação e agradeço aos que participam da busca pelos desaparecidos e do socorro aos feridos", disse.
Já o prefeito de Florença, Dario Nardella, em viagem a Israel e Palestina, afirmou estar "consternado" pela tragédia. "Expresso em meu nome e da prefeitura o luto pelas vítimas e agradeço a todos os socorristas em ação", acrescentou.
Para protestar contra mais um caso de morte no trabalho na Itália, sindicatos da Toscana convocaram uma greve geral de duas horas nesta sexta-feira.
– Em 2023, ocorreram mais de mil mortes no trabalho, e frequentemente esses incidentes são produtos do sistema de subcontratação e da lógica de contratos com preço mínimo – disse o secretário da Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil), Maurizio Landini.