A plataforma de compartilhamento de vacinas Covax, concebida para garantir um acesso igualitário a vacinas contra covid-19, disse nesta quinta-feira que pretende disponibilizar 1,8 bilhão de doses a países mais pobres em 2021 e que espera cumprir acordos de suprimento com países mais ricos na segunda metade do ano.
Por Redação, com Reuters - de Londres
A plataforma de compartilhamento de vacinas Covax, concebida para garantir um acesso igualitário a vacinas contra covid-19, disse nesta quinta-feira que pretende disponibilizar 1,8 bilhão de doses a países mais pobres em 2021 e que espera cumprir acordos de suprimento com países mais ricos na segunda metade do ano.
Mas a Covax, que é coliderada pela aliança de vacinas Gavi, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros, disse que existem muitas incertezas afetando a aquisição e o suprimento de vacinas contra covid-19 e que os termos dos acordos estão “sujeitos a mudanças”.
Compromisso de Mercado Avançado
Este 1,8 bilhão de doses será fornecido a 92 países qualificados através de um Compromisso de Mercado Avançado (AMC) e corresponderia a uma cobertura de aproximadamente 27% das populações destes países, informou o Gavi em uma previsão atualizada da Covax.
“Nossa previsão indica que devemos atender as solicitações de vacina feitas por participantes autofinanciados na segunda metade de 2021”.
Alguns acordos de suprimento ainda estão em negociação, disse a entidade, e algumas das candidatas a vacinas ainda não foram aprovadas por agências reguladoras médicas ou a OMS. Em muitos casos, a fabricação das vacinas ainda não ocorre em escala plena, disse.
“Há muitas incertezas afetando o suprimento de vacinas contra covid-19 em 2021, e não estão entre as menores a capacidade de produção, a regulamentação, a disponibilidade de fundos, os termos finais dos contratos e a prontidão dos próprios países para iniciar seus programas nacionais de vacinação contra covid-19”, informou o comunicado de previsão da Covax.
Oxford prepara versões de vacina
Cientistas da Universidade de Oxford estão se preparando para produzir rapidamente novas versões de sua vacina contra a covid-19 para combater as variantes do coronavírus que surgiram no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil, afirmou o jornal britânico The Telegraph na quarta-feira.
A equipe por trás da vacina desenvolvida por Oxford com a AstraZeneca está realizando estudos de viabilidade para reconfigurar a tecnologia, disse o jornal, citando uma confirmação da Universidade de Oxford.
Segundo a reportagem, os cientistas estão trabalhando para estimar o quão rapidamente poderão reconfigurar a plataforma de vacina ChAdOx.
Um porta-voz da universidade disse ao jornal que Oxford está avaliando cuidadosamente o impacto das novas variantes na imunidade gerada pela vacina e o processo necessário para o rápido desenvolvimento de vacinas ajustadas contra a covid-19.
A universidade não respondeu de imediato a um pedido da Reuters por comentários.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou nesta quarta-feira que o órgão regulador do país estará pronto e será capaz de aprovar novas versões de vacinas contra a covid-19 desenvolvidas para conter novas variantes do vírus que possam surgir.