A adesão da Coreia do Sul ao CCDCOE elevou o número de membros para 32, sendo 27 as nações patrocinadoras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Coreia e os outros quatro membros de fora do bloco liderado pelos EUA são participantes contribuintes.
Por Redação, com Sputnik - de Seul
Primeiro Estado asiático admitido no Centro Cooperativo de Excelência em Ciberdefesa do bloco militar comandado pelos EUA, Seul pretende expandir defesas com foco em tecnologia.
Nesta quinta-feira, a Coreia do Sul se tornou o primeiro Estado-membro asiático do Centro Cooperativo de Excelência em Ciberdefesa da Otan (CCDCOE, na sigla em inglês), informou a agência de notícias Yonhap.
Em comunicado citado pela mídia, o Serviço Nacional de Inteligência de Seul (NIS, na sigla em inglês) disse que planeja "fortalecer nossas capacidades de resposta cibernética a um nível de classe mundial, aumentando o número de nossa equipe enviada ao centro e expandindo o escopo do treinamento conjunto."
A adesão da Coreia do Sul ao CCDCOE elevou o número de membros para 32, sendo 27 as nações patrocinadoras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Coreia e os outros quatro membros de fora do bloco liderado pelos EUA são participantes contribuintes.
De acordo com o NIS, Seul se candidatou ao CCDCOE em 2019 e tem participado das atividades do centro desde então, incluindo dos jogos de guerra de defesa cibernética Locked Shields, por dois anos consecutivos desde 2020.
Agência de inteligência
Comentando sobre sua admissão no grupo, a agência de inteligência da Coreia do Sul observou que "as ameaças cibernéticas estão causando grandes danos não apenas a indivíduos, mas também a determinadas nações e ainda transnacionalmente", o que torna crucial uma "cooperação internacional estreita".
Com sede na capital da Estônia, Tallinn, o CCDCOE foi fundado em 2008 em resposta a um ataque cibernético maciço de 2007 às redes estatais da Estônia, algo que as autoridades do país rapidamente culparam a Rússia. Autoridades em Tallinn, no entanto, admitiram mais tarde que não tinham provas conclusivas para implicar o Kremlin.
Em seu site, o CCDCOE diz que sua missão é "apoiar nossos países-membros e a Otan com experiência interdisciplinar única no campo de pesquisa, treinamento e exercícios de defesa cibernética cobrindo as áreas de foco de tecnologia, estratégia, operações e direito". O grupo está comprometido em "promover a cooperação de nações com ideias semelhantes", tanto "aliados da Otan quanto parceiros além da aliança".