A declaração também estabelece um vínculo direto entre o clima e as agendas relacionadas a sistemas alimentares, desigualdade e exclusão social.
Por Redação, com ANSA – de Brasília
Por iniciativa do governo brasileiro, a cúpula de líderes da COP30, que será realizada nos dias 6 e 7 de novembro, em Belém, no Pará, adotará uma declaração sobre fome, pobreza e ação climática centrada nas pessoas.
Elaborado em colaboração com o Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito do G20, o documento parte do princípio de que não existe resiliência climática sem justiça social, nem desenvolvimento sustentável sem a garantia do direito humano à alimentação.
O texto apresenta elementos inovadores que refletem a visão brasileira sobre o combate simultâneo à pobreza, à fome e à emergência climática, além de afirmar a centralidade da proteção social e defender que agricultores familiares, comunidades tradicionais e povos da floresta tenham acesso a financiamentos contra o aquecimento global.
A declaração também estabelece um vínculo direto entre o clima e as agendas relacionadas a sistemas alimentares, desigualdade e exclusão social, destacando que os financiamentos devem priorizar soluções centradas nas pessoas.
Desenvolvimento humano
O documento ainda reafirma a importância de os países continuarem a investir em mitigação, mas também priorizando a adaptação, a proteção social e a resiliência dos sistemas alimentares. O objetivo é garantir que cada dólar investido na ação climática contribua também para o desenvolvimento humano.
