A OPEP foi formada em 1960 como um cartel, com o objetivo de controlar a oferta mundial de petróleo e seu preço. Em 2016, quando os preços do petróleo estavam particularmente baixos, a organização juntou forças com dez outros produtores de petróleo para criar a OPEP+.
Por Redação, com Sputnik - de Doha
O Brasil ingressará em janeiro de 2024 na versão ampliada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), garantiu à agência russa de notícias Sputnik uma fonte pertencente a uma das delegações do grupo.
A OPEP foi formada em 1960 como um cartel, com o objetivo de controlar a oferta mundial de petróleo e seu preço. Em 2016, quando os preços do petróleo estavam particularmente baixos, a organização juntou forças com dez outros produtores de petróleo para criar a OPEP+.
A Arábia Saudita é o maior produtor individual de petróleo da organização, produzindo mais de dez milhões de barris por dia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Riad nesta semana, onde fechou diversos acordos, incluindo pactos na área da defesa e da indústria aeroespacial. Lula chegou a dizer que em dez anos, o Brasil será "a Arábia Saudita" da energia verde.
Obras
Nesta manhã, Lula participou do Fórum Empresarial em Doha, no Catar, em que buscou atrair investimentos para o Programa de Aceleração do Crescimento.
— Queremos transformar o Brasil em um canteiro de obras, construindo, ampliando e modernizando portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, hidrovias — disse, sem confirmar ou negar o convite para o cartel.
Lula também destacou a importância de vender produtos brasileiros, como os aviões da Embraer.
— Há amplo espaço para a ampliação e diversificação de nossa pauta comercial com produtos de maior valor agregado, como autopeças, produtos de defesa e aeronaves da EMBRAER – como o C-390 que me trouxe a Doha — afirmou.
Comércio
Segundo o presidente, “o Brasil necessita estar mais presente no Golfo, região com a qual compartilhamos importantes interesses comerciais e laços culturais e históricos. Esta missão antecipa as celebrações do cinquentenário das relações diplomáticas bilaterais. Compartilhamos a vocação pela paz”.
“Hoje retorno com grande alegria para novamente abrir portas e construir pontes entre nossos países. Em meu primeiro mandato lançamos as bases para a aproximação comercial do Brasil com os países árabes. Abrimos embaixadas na região e acolhemos novas representações em Brasília. Lançamos a Cúpula América do Sul – Países Árabes, cuja segunda edição foi realizada aqui em Doha, em 2009”, acrescentou Lula.
Ainda segundo o líder brasileiro, “o comércio bilateral cresceu de maneira exponencial, passando de cerca de US$ 38 milhões, em 2003, para os atuais US$ 1,6 bilhão”.
“O Catar é, atualmente, uma de nossas principais portas de entrada para negócios com o Oriente Médio e conta com um vibrante empresariado com intenso interesse pelo Brasil. Os empresários brasileiros acreditam no potencial do Catar e no futuro de seus negócios. Esse interesse encontra respaldo na forte complementariedade entre nossas economias. O Catar desempenha um papel fundamental para a agricultura brasileira como fornecedor de ureia, que tanto contribui para a elevada produtividade nacional”, concluiu.