No ano passado, cientistas russos do Instituto Kurchatov, especializado na energia atômica, e da Universidade Técnica Estatal Bauman de Moscou inventaram uma usina de energia híbrida para uma base na Lua.
Por Redação, com Sputnik – de Moscou
O primeiro país a explorar a Lua será aquele capaz de garantir a produção de energia no satélite da Terra, e a Rússia tem a experiência necessária para isso, disse o físico e presidente do Centro Nacional de Pesquisa do Instituto Kurchatov, Mikhail Kovalchuk, à agência russa de notícias Sputnik, nesta sexta-feira.
No ano passado, cientistas russos do Instituto Kurchatov, especializado na energia atômica, e da Universidade Técnica Estatal Bauman de Moscou inventaram uma usina de energia híbrida para uma base na Lua. A usina deverá ter um reator nuclear, que será a fonte de energia térmica, de alta confiabilidade, autonomia e segurança natural, com capacidade de produção de 50 quilowatts.
— O primeiro a explorar a Lua vai ser aquele que tiver a energia para isso, que criar uma usina de energia lá. Como resultado de muitos anos de pesquisa, desenvolvemos a base para usinas de energia para a Lua e outros corpos espaciais; além de protótipos de motores espaciais fundamentalmente novos — acrescentou Kovalchuk.
Tecnologia
Segundo o cientista, muitas das potências espaciais de hoje ainda usam os desenvolvimentos feitos pelos cientistas soviéticos há décadas. Segundo Kovalchuk, o poder tecnológico da União Soviética surgiu a partir do projeto atômico.
Ele observou que isso também se aplica à medicina nuclear e aos reatores de pesquisa nuclear, que estavam entre os melhores do mundo, na União Soviética.
Mesmo o projeto termonuclear chinês se baseia na instalação soviética Tokamak, que foi vendida à China no início dos anos 2000.