Chuvas ainda não foram suficientes para reduzir preço das contas de luz

No ano passado, o país experimentou a pior escassez nos últimos 91 anos, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A situação mais grave ocorre no subsistema das regiões mais afetadas, chamadas de “caixa d’água” do setor elétrico. Em janeiro do ano passado, o nível dos reservatórios era de 23,36% da capacidade total.

Por Redação - de São Paulo

O regime de chuvas mais intensas que tem causado inundações em Estados brasileiros do Sudeste e Centro-Oeste não acertou os reservatórios das principais represas, embora os níveis tenham se recuperado ainda que abaixo das previsões meteorológicas. O resultado é que as contas de luz continuarão com os preços elevados ao longo do ano.

No ano passado, o país experimentou a pior escassez nos últimos 91 anos, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A situação mais grave ocorre no subsistema das regiões mais afetadas, chamadas de “caixa d’água” do setor elétrico. Em janeiro do ano passado, o nível dos reservatórios era de 23,36% da capacidade total, e chegou a cair para 16,75% em setembro. Atualmente, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a projeção é que cheguem ao fim de janeiro com 40% de capacidade. Recuperação A previsão também é positiva para outras regiões. A expectativa é que no fim deste mês os reservatórios atinjam 73,2% de capacidade no Norte e 70,2% no Nordeste. Já no Sul, as projeções indicam um nível menor do que o registrado nos últimos meses, segundo o ONS. — Os reservatórios estão subindo, como sabemos está chovendo em várias regiões do país. Mas temos que esperar o final do período úmido, março ou abril, para termos essa tranquilidade. Por hora, podemos dizer que os reservatórios estão se recuperando bem — afirmou a jornalistas o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.

Reservatórios

Para o chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco Diniz, também seria precoce uma análise mais apurada, mas os reservatórios tiveram uma boa recuperação. Diniz explica que deve haver uma estiagem nos próximos dias em regiões onde há reservatórios que atendem o setor elétrico, mas que não se prolongará por muito tempo, e as chuvas devem voltar a acontecer no fim de janeiro e se intensificar ao longo do próximo mês. — Creio que vai ter um favorecimento melhor para frente para as regiões que têm reservatórios — resumiu.