Restos mortais de uma dúzia de expatriados foram encontrados do lado de fora de hotel onde estavam abrigados em Palma, Moçambique, após a invasão da vila por um grupo terrorista. As vítimas estavam em fuga quando foram alvejadas.
Por Redação, com Sputnik - de Maputo
Restos mortais de uma dúzia de expatriados foram encontrados do lado de fora de hotel onde estavam abrigados em Palma, Moçambique, após a invasão da vila por um grupo terrorista. As vítimas estavam em fuga quando foram alvejadas.
Os corpos de 12 estrangeiros foram encontrados à porta do hotel Amarula Lodge, em Palma, vila na costa moçambicana. Acredita-se que o massacre tenha sido cometido por terroristas ligados ao Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) que já reivindicou outros ataques recentes na região, de acordo com informações do The Times.
Segundo testemunhas, os corpos estavam amarrados e decapitados, e todos foram encontrados debaixo de uma árvore à porta do hotel. Os estrangeiros foram alvejados ao tentar fugir em carros, e antes tentaram pedir ajuda escrevendo "help" no terreno do hotel. O grupo armado teria atacado a vila na semana passada e cometido os assassinatos no último domingo, de acordo com o Ministério da Defesa moçambicano.
– Um grupo de terroristas entrou, dissimuladamente, na vila sede do distrito de Palma e desencadeou ações que culminaram com o assassinato covarde de dezenas de pessoas indefesas e danos materiais em algumas infraestruturas do governo – afirmou Omar Saranga, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional de Moçambique.
Omar Saranga fez o rescaldo dos ataques a Palma e fez pronunciamento à imprensa na capital Maputo, sem direito a perguntas dos jornalistas. "As FDS (Forças de Defesa e Segurança) registaram com pesar a perda de sete vidas de um grupo de cidadãos que se precipitou em um comboio de carros à saída do hotel Amarula, que foi emboscada pelos terroristas", declarou.
Ainda na coletiva, o porta-voz disse que as FDS reforçaram a sua "estratégia operacional" para conter as investidas dos criminosos e repor a normalidade na vila de Palma, tendo nos últimos três dias executado ações focadas no resgate de centenas de pessoas, nacionais e estrangeiros, e na proteção de cidadãos e seus bens.
– Neste momento, as FDS continuam a clarificar as zonas de Palma por forma a garantir um regresso seguro das populações. As posições das FDS estão todas sob seu controle – tranquilizou Omar Saranga.