Além da crise climática provocada pela emissão de gases do efeito estufa, também contribui para esse cenário o fenômeno do El Niño, caracterizado pelo aumento das temperaturas na superfície do Oceano Pacífico e com repercussões em boa parte do planeta.
Por Redação, com ABr - de Bruxelas
O último mês de setembro foi o mais quente já registrado neste período, de acordo com o Copernicus, sistema de observação da Terra da União Europeia.
De acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira pelo organismo, a temperatura média do ar em setembro no planeta foi de 16,38ºC, 0,93ºC superior ao período entre 1991 e 2020 e 0,5ºC acima do recorde anterior, registrado em 2020.
Acordo de Paris
Na comparação com a média da era pré-industrial (1850-1900), a temperatura de setembro foi 1,75ºC superior - a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris busca limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC em relação ao século 19.
– Vivemos o setembro mais inacreditável do ponto de vista climático na história. Simplesmente não dá para acreditar – disse o diretor do serviço de mudanças climáticas do Copernicus, Carlo Buontempo.
– A mudança climática não é algo que vai acontecer daqui a 10 anos, ela já está aqui – acrescentou.
Julho de 2023 já foi o mês mais quente registrado pela humanidade, com uma temperatura média de 16,95ºC, e o ano caminha para bater recordes de calor.
Além da crise climática provocada pela emissão de gases do efeito estufa, também contribui para esse cenário o fenômeno do El Niño, caracterizado pelo aumento das temperaturas na superfície do Oceano Pacífico e com repercussões em boa parte do planeta.