Ao todo, 157 pessoas, de 35 nacionalidades, estavam a bordo. Não houve sobreviventes. O aparelho caiu perto da cidade de Bishoftu, a 42 quilômetros da capital da Etiópia.
Por Redação, com EFE - de Adis Abeba
As equipes de resgate encontraram nesta segunda-feira a caixa-preta do Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines que caiu ontem pouco depois de decolar em Adis Abeba rumo a Nairóbi, informou a companhia aérea etíope. – O registro digital de voo (DFDR) e o registro de voz de cabine (CVR) do (voo) ET302 foram recuperados – informou a Ethiopian Airlines em seu último comunicado. Ao todo, 157 pessoas, de 35 nacionalidades, estavam a bordo. Não houve sobreviventes. O aparelho caiu perto da cidade de Bishoftu, a 42 quilômetros da capital da Etiópia. As equipes de resgate estão na região do acidente para recuperar os corpos e determinar as causas do queda do avião. Enquanto isso, o voo programado para hoje entre Adis Abeba e Nairóbi foi realizado sem incidentes. No entanto, o trajeto foi feito a bordo de outra aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner, e não com algum dos quatros Boeing 737 MAX 8 que a companhia possui, já que hoje mesmo a Ethiopian Airlines anunciou que deixará os mesmos em terra "até novo aviso". A Etiópia vive nesta segunda-feira um luto oficial pelas vítimas do acidente, entre as quais figuram 32 quenianos, nove etíopes, 18 canadenses, oito italianos, oito chineses, oito americanos, sete britânicos e sete franceses, entre as nacionalidades mais afetadas. Além disso, também viajavam na aeronave 22 funcionários de diferentes agências da ONU, segundo precisou hoje a diretora-executiva da ONU-Habitat, Maimunah Mohd Sharif, em mensagem de condolências em Nairóbi. O avião, adquirido em novembro de 2018, decolou do aeroporto internacional de Adis Abeba às 8h38 local (2h38, em Brasília) e desapareceu dos radares às 8h44 horas (2h44, em Brasília). A companhia explicou que o piloto tinha avisado à torre de controle que estava tendo "dificuldades" e pediu autorização para retornar ao aeroporto da capital etíope, instantes antes da perda de sinal. A Ethiopian Airlines é a maior companhia aérea da África e tem uma ótima reputação em matéria de segurança aérea. O último acidente registrado desta companhia ocorreu em 25 de janeiro de 2010, quando um Boeing 737-800 caiu no Mar Mediterrâneo, pouco depois de ter iniciado uma viagem desde Beirute rumo a Adis Abeba, o que provocou a morte de 90 pessoas.