Atacante do Flamengo responde por suposto envolvimento em apostas esportivas. Caso plenário mantenha punição, o jogador não poderá participar da reta final do campeonato.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O futuro de Bruno Henrique no Campeonato Brasileiro está sendo decidido nesta segunda-feira pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A corte julga os recursos sobre o suposto envolvimento do atacante em manipulação de apostas.

A sessão, que começou no fim da manhã, analisa os recursos tanto da defesa do jogador quanto da procuradoria. Bruno Henrique já havia sido condenado em primeira instância, em setembro, a 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil, mas conseguiu um efeito suspensivo que o permitiu seguir jogando pelo Flamengo.
Se a pena de 12 jogos for mantida, o atacante estará fora das últimas seis rodadas do Brasileirão. A princípio, a punição não afeta a final da Libertadores, por ser uma competição internacional, a menos que o STJD faça um pedido específico à CBF e à Fifa.
Julgamento acontece um dia após vitória sobre o Santos
O atacante foi titular e marcou um dos gols do Flamengo na vitória por 3 a 2 sobre o Santos, no domingo, no Maracanã.
O caso envolve justamente uma partida contra o Peixe pelo Brasileirão de 2023, quando Bruno Henrique teria forçado um cartão amarelo para beneficiar uma aposta feita pelo irmão.
Defesa quer anulação, mas procuradoria quer pena maior
O julgamento desta segunda-feira é decisivo porque os dois lados apelaram. A defesa do Flamengo e do jogador pedem a anulação total do processo, alegando que o caso já prescreveu.
Já a Procuradoria do STJD recorreu por considerar a pena de 12 jogos — baseada no artigo 243-A, sobre atuação contra a ética desportiva — muito branda. A acusação quer que Bruno Henrique seja punido também por agir prejudicialmente contra a equipe com promessa de vantagem indevida. Caso o pleno acate o pedido da procuradoria, a punição pode aumentar para um ou dois anos de suspensão.
O julgamento estava originalmente marcado para 31 de outubro, mas foi adiado por questões de segurança, após a megaoperação policial no Rio.