BRT volta a circular com ônibus velhos, após greve frustrada
Na véspera, a prefeitura do Rio de Janeiro divulgou nota informando que os motoristas do sistema BRT (ônibus articulados com faixas exclusivas) mantinham a greve, apesar da decisão judicial determinando a volta imediata aos postos de trabalho.
Domingo, 27 de Fevereiro de 2022 às 12:35, por: CdB
Na véspera, a prefeitura do Rio de Janeiro divulgou nota informando que os motoristas do sistema BRT (ônibus articulados com faixas exclusivas) mantinham a greve, apesar da decisão judicial determinando a volta imediata aos postos de trabalho.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Com a demanda reduzida, em um domingo de sol em meio ao feriado do carnaval, os serviços do BRT voltaram a funcionar de forma gradual. Paralisado desde a madrugada de sexta-feira devido à greve dos rodoviários, às 11h todas as linhas já estavam de volta aos trajetos.
Muitos ônibus do sistema BRT apresentam falhas mecânicas e os motoristas protestam
Na véspera, a prefeitura do Rio de Janeiro divulgou nota informando que os motoristas do sistema BRT (ônibus articulados com faixas exclusivas) mantinham a greve, apesar da decisão judicial determinando a volta imediata aos postos de trabalho. A Mobi-Rio, empresa pública gestora do serviço, entrou com petição para que comece a ser cobrada a multa diária estipulada em R$ 100 mil e os motoristas desistiram do movimento paredista.
Insatisfação
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a mobilização surgiu nas redes sociais. A entidade divulgou nota oficial esclarecendo que não deliberou e nem deflagrou a greve. "Tudo indica que o congelamento dos salários há mais de três anos, que já afeta a subsistência das famílias dos trabalhadores, gerou acúmulo de insatisfação e ansiedade que precipitou a paralisação espontânea", diz o texto.
Desde novembro, o Sindicato dos Rodoviários negocia melhorias das condições de trabalho com a Mobi-Rio e com a prefeitura. Cerca de 80% das demandas já teriam sido equacionadas. Após ter sido surpreendida pelo movimento grevista, a entidade pediu que a prefeitura acelere o processo de negociações para reduzir o grau de insatisfação.
“Não dá mais para continuar trabalhando com as condições atuais. São ônibus quebrados diariamente, falta de segurança nas plataformas e dentro dos próprios articulados, além de todas as calhas em que circulam os ônibus totalmente esburacadas”, resumiu Ademir Francisco, representante do Sindicato dos Rodoviários junto aos motoristas do BRT.