Segundo o dirigente, o fenômeno já vinha ocorrendo desde o ano passado, mas deve se intensificar com o avanço das tensões principalmente entre Estados Unidos e China.
12h02 – de São Paulo
Com a escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e outras potências, a competição no mercado automotivo deve crescer no Brasil, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), Marcelo Godoy.

Segundo o dirigente, o fenômeno já vinha ocorrendo desde o ano passado, mas deve se intensificar com o avanço das tensões principalmente entre Estados Unidos e China.
— O aumento da competição já é um fato no Brasil, mas com a super taxação (do governo norte-americano) a tendência é a de acirramento dessa disputa. Os carros que eram exportados da Europa ou do México para os EUA podem vir para o Brasil. No segmento premium, isso certamente vai ficar mais evidente — observou o executivo, em entrevista à agência norte-americana de notícias Bloomberg Línea.
Competição
Em sua avaliação, mesmo que a taxação por parte do governo norte-americano volte a ser o que era antes – ou seja, com eventual recuo de Trump -, a competição deve continuar a crescer no Brasil.
— Dos mercados com mais potencial no mundo, o Brasil é, de fato, um dos maiores: combina grande potencial de crescimento com uma penetração ainda muito baixa. A competição veio para ficar — acrescentou Godoy.
O líder empresarial afirmou que o consumidor de carro importado tem mais poder aquisitivo e, no geral, é menos suscetível a oscilações de preços.
— As empresas estão segurando um pouco as margens e muitas estão trabalhando com estoques para minimizar essa flutuação — resumiu o dirigente que, no Brasil é, CEO da montadora sueca de veículos Volvo.