Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

BioNTech trabalha em vacina específica para variante Ômicron

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Segunda, 29 de Novembro de 2021 às 09:01, por: CdB

 

A variante Ômicron carrega um risco global muito alto de surtos, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira, conforme mais países relataram casos, o que levou ao fechamento de fronteiras.

Por Redação, com Reuters e Sputnik - de Berlim

A BioNTech disse nesta segunda-feira que começou a trabalhar em uma vacina sob medida para combater a Ômicron, a nova variante do coronavírus detectada na África do Sul, embora ainda não esteja claro se terá que retrabalhar a vacina que desenvolveu em parceria com a Pfizer contra a covid-19.

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Agente de saúde usa solução salina para preparar doses da vacina "Comirnaty" da Pfizer-BioNTech contra a covid-19 em centro de vacinação em Madri, Espanha

O desenvolvimento de uma vacina adaptada faz parte do procedimento padrão da empresa para novas variantes, disse a BioNTech, que produz vacinas junto com a Pfizer, em comunicado.

"Os primeiros passos para desenvolver uma potencial nova vacina se sobrepõem à pesquisa necessária para avaliar se uma nova dose será necessária", acrescentou.

A variante Ômicron carrega um risco global muito alto de surtos, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira, conforme mais países relataram casos, o que levou ao fechamento de fronteiras.

A BioNTech disse na sexta-feira que espera mais dados de laboratório nas próximas duas semanas para ajudar a determinar se há necessidade de uma vacina específica para a Ômicron. Sua rival, Moderna, disse que está trabalhando em uma reformulação de sua vacina contra a covid-19 para futuras doses de reforço.

Variante de covid-19 tão perigosa quanto ebola

Na África Austral o coronavírus está se transformando em uma variante “preocupante”, batizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o nome de Ômicron.

No mundo podem surgir mutações tão perigosas quanto o vírus ebola, aponta o presidente da Associação Médica Mundial (WMA, na sigla em inglês), Frank Ulrich Montgomery.

Montgomery alerta para a possibilidade de surgimento de uma supervariante de coronavirus.

– Minha grande preocupação é que possa surgir uma variante tão infecciosa quanto a delta e tão perigosa quanto o ebola – disse ele em entrevista ao grupo de mídia Funke.

Por enquanto, não há informações precisas sobre os riscos da mutação Ômicron, mas aparentemente ela se propaga muito rapidamente, observou Montgomery, ressaltando que no início da pandemia, o mundo subestimou a sua magnitude.

– Eu também pensei que era uma cepa de gripe. Mais tarde, decidimos que poderíamos conseguir chegar à imunidade de rebanho, mas depois veio a delta – uma variante altamente contagiosa – disse presidente da WMA.

Revacinação

Ele não descartou a possibilidade de ser necessário realizar revacinação contra a covid-19 anualmente.

A nova variante foi detectada pela primeira vez em 9 de novembro na África do Sul por meio de uma análise genética.

Muitos apontam para a sua alta transmissibilidade e resistência às vacinas: a variante recém-descoberta (B.1.1.529 ou Ômicron) tem mais mutações na proteína spike do que todas as outras variantes da covid-19. Na sexta-feira, a OMS classificou-a como uma variante preocupante.

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