Nesta segunda-feira, Biblioteca Parque Estadual reuniu estudantes do ensino médio em apresentação de obras de robótica educacional e artes visuais.
Por Redação – do Rio de Janeiro
Desenvolvido pelo Instituto Burburinho Cultural, o Projeto Engenhoka mobilizou estudantes de seis instituições públicas de ensino dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro no primeiro ano de atividades. Aqui, o ciclo geral se encerra amanhã com a apresentação de trabalhos desenvolvidos ao longo de cinco meses, tempo em que os alunos passaram por uma iniciação em robótica educacional através de artes visuais na Biblioteca Parque Estadual (Av. Presidente Vargas, 1261 – Centro).
Participam estudantes do Colégio Estadual Souza Aguiar, no Centro do Rio, e Colégio Estadual Zuleika Raposo Valladares, de Niterói. Em 2025, um colégio em Botafogo receberá o projeto e outro de Contagem, em Minas Gerais, também.
Para o instrutor Matheus Barcelos, um dos professores que deu aulas no Engenhoka no Colégio Estadual Zuleika Raposo Valladares, na Ilha da Conceição, o que fica do trabalho é a ampliação das possibilidades do ensino. “Sou professor há algum tempo na área de games, programação e disciplinas similares. Entrar na pedagogia da robótica educacional é diferente. Os alunos participam muito ativamente das aulas, aprendendo matemática e física, por exemplo, de modo criativo. E elementos das artes visuais servem de fio condutor para o aprendizado como um todo”, define Matheus, que é de São Gonçalo.
Criação coletiva
Os trabalhos criados na conclusão de curso têm inspiração garantida. Como destaca a professora Fernanda Paixão, que deu aulas em quatro turmas do Colégio Estadual Souza Aguiar, no Centro do Rio. A Última Flecha, um objeto de criação coletiva dos alunos é complementado por um curta-metragem. Para dar movimento à flecha, é necessário acionar a exibição do filme. “Os alunos entrelaçam a força ancestral da mitologia afro-brasileira com as urgências do mundo contemporâneo, a partir do mito do Orixá Oxóssi”, conta. Em outra direção, um cachorro que se movimenta e tem efeitos especiais de luz chama atenção pelo colorido. “É o Cachorro da Selarón, feito por duas alunas que moram em Santa Teresa e aqui perto do colégio”, diz Fernanda.
Idealizador do projeto, o diretor Thiago Ramires, do Instituto Burburinho Cultural exalta a liberdade e a criatividade que a metodologia traz em si. Um kit foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar. Cada colégio recebe um estúdio maker novo, que se mantém como legado após o encerramento do ciclo. “O fato dos alunos terem um estúdio maker para estudar propiciou uma imersão e tornou mais estimulante a presença na escola”, avalia. Cada estúdio maker é composto por impressoras 3D, tablets, mobiliário, boxes de livros e material pedagógico. As instituições de ensino que participam do projeto recebem tudo pronto para realizar, a partir de 2025, as suas próprias atividades.
Viabilizado através da Lei Rouanet, o Projeto Engenhoka conta com patrocínio da Siemens Brasil, por meio da Fundação Siemens, Google Brasil, Wilson Sons, Digix, Simpress e Petronas. A pedagogia em robótica educacional foi desenvolvida pela Picode Edtech com consultoria da curadora Fabiana Moraes, niteroiense que é radicada há 20 anos na França.