Rio de Janeiro, 14 de Novembro de 2024

Bento XVI vai se defender de acusação de acobertar pedófilo

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Terça, 08 de Novembro de 2022 às 11:06, por: CdB

A denúncia foi apresentada em junho passado por uma vítima do padre pedófilo Peter Hullerman, transferido para a Arquidiocese de Munique e Freising em 1980, durante a gestão de Joseph Ratzinger como arcebispo, após ter sido acusado de violentar um garoto de 11 anos.

Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano

O papa emérito Bento XVI vai se defender de uma denúncia de acobertamento de um padre pedófilo apresentada na Justiça da Alemanha.

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Joseph Ratzinger abdicou do comando da Igreja Católica em 2013

A informação foi confirmada à agência italiana de notícias ANSA pela porta-voz do Tribunal de Traunstein, na Baviera, que acrescentou que a defesa do ex-pontífice ainda "não apresenta elementos de conteúdo".

A denúncia foi apresentada em junho passado por uma vítima do padre pedófilo Peter Hullerman, transferido para a Arquidiocese de Munique e Freising em 1980, durante a gestão de Joseph Ratzinger como arcebispo, após ter sido acusado de violentar um garoto de 11 anos.

Segundo a ação, Bento XVI tinha "conhecimento da situação e no mínimo não levou em consideração que esse sacerdote pudesse repetir seus crimes".

Em Munique, Hullerman manteve suas funções pastorais e continuou cometendo abusos contra menores de idade. Ele só seria condenado em 1986, porém com pena suspensa.

Violência sexual

A denúncia chegou na esteira de um relatório que listou pelo menos 497 vítimas de violência sexual na Arquidiocese de Munique e Freising entre 1945 e 2019, englobando inclusive o período de Ratzinger como arcebispo (1977-1982).

O relatório independente aponta "comportamentos errôneos" de Bento XVI em pelo menos quatro casos, incluindo o de Hullerman, e diz que não foi possível identificar um eventual interesse de Ratzinger pelas vítimas.

O documento também contém uma declaração por escrito em que o papa emérito nega que soubesse do histórico de crimes de Hullerman, mas, após a repercussão negativa, Bento XVI retificou seu pronunciamento e admitiu ter participado de uma reunião em janeiro de 1980 para discutir o caso do padre.

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