Auxílio emergencial chega ao fim e analistas preveem cenário dramático
Do total, 50,3 mil pessoas receberão R$ 62,2 milhões da parcela do auxílio emergencial regular, no valor de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães chefes de família). Os demais, 3,2 milhões de beneficiários, serão contemplados com parcela do auxílio emergencial extensão de R$ 300 (R$ 600 para mães chefes de família), num total de R$ 1,1 bilhão.
Do total, 50,3 mil pessoas receberão R$ 62,2 milhões da parcela do auxílio emergencial regular, no valor de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães chefes de família). Os demais, 3,2 milhões de beneficiários, serão contemplados com parcela do auxílio emergencial extensão de R$ 300 (R$ 600 para mães chefes de família), num total de R$ 1,1 bilhão.
Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro
A Caixa Econômica Federal encerrou, nesta terça-feira,última etapa de pagamento do auxílio emergencial com a liberação do crédito para 3,2 milhões de brasileiros nascidos em dezembro, no ciclo 6 de pagamentos do programa. Foram depositados R$ 1,2 bilhão nas contas digitais dos beneficiários, que não fazem parte do Bolsa Família. Os pertencentes ao Bolsa Família já receberam o último benefício de acordo com o calendário e critérios do programa social.
Famílias que recebiam as parcelas do auxílio emergencial voltarão a viver abaixo da linha da pobreza
Do total, 50,3 mil pessoas receberão R$ 62,2 milhões da parcela do auxílio emergencial regular, no valor de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães chefes de família). Os demais, 3,2 milhões de beneficiários, serão contemplados com parcela do auxílio emergencial extensão de R$ 300 (R$ 600 para mães chefes de família), num total de R$ 1,1 bilhão.
Pandemia
Para o economista Caio Mastrodomenico, CEO da Vallus Capital, uma fintech de fomento mercantil, a questão é que, apesar de o governo afirmar que não tem mais caixa suficiente para manter o benefício social, “muitos ainda não se reestruturaram para que não sejam impactados negativamente, e isso influencia diretamente na economia do Brasil”.
— Essa realidade, muito que provável, irá influenciar no aumento da pobreza, visto que a pandemia ainda não acabou, muitas empresas ainda estão cortando gastos, incluindo funcionários e a limitação de trabalhos informais ainda continua — afirmou.
Ainda segundo Mastrodomenico, a extensão dos danos causados pela suspensão do auxílio emergencial vai muito além das famílias que deixaram de receber a parcela mensal.
— Os comércios varejistas, mercados, e restaurantes, também serão atingidos, uma vez que com o esse apoio que foi oferecido pelo governos desde março, às pessoas conseguiam manter pelo menos as compras básicas, fazendo com que esses estabelecimentos conseguissem sobreviver, mesmo que com pouco faturamento. Logo, isso se tornará uma bola de neve — afirmou.
Endividamento
Outro ponto observado pelo executivo é que esse desarranjo econômico elevará os preços da economia como um todo, conforme já indicam as pesquisas sobre a inflação.
— É importante que todos estejam preparados para as mudanças e dificuldades que virão a seguir, até que o governo consiga achar uma solução rápida para os impactos econômicos que serão gerados no próximo ano — acrescentou.
Para o diretor-adjunto do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre, “é provável que o fim do auxílio emergencial agrave o endividamento das famílias”.
— Isso certamente vai afetar a rendimento das famílias, e o consumo. Assim, deve aumentar o endividamento dessas pessoas, porque elas não têm perspectivas. Com o fim do auxílio emergencial, e sem emprego, há uma situação crítica. Vai também aumentar também a desigualdade, vai aumentar a miséria.
Miséria
Ainda segundo Silvestre, “não há dúvida que o auxílio emergencial teve contribuição importante inclusive para que a queda na economia não fosse tão acentuada”.
— Porque esses recursos foram fundamentalmente destinados ao consumo. As pessoas precisam comer. Certamente vamos assistir a uma piora da miséria e da pobreza, como já está sendo projetado — concluiu.