Na manhã desta quinta-feira (madrugada no Brasil), antes mesmo do anúncio oficial, a renúncia de Johnson foi antecipada pela mídia britânica, e autoridades russas não demoraram a comentar a saída do primeiro-ministro.
Por Redação, com Brasil de Fato - de Moscou
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou nesta quinta-feira que está deixando o cargo de premiê da Grã-Bretanha. Ele continuará a atuar como chefe de governo até que um novo líder do partido seja eleito. Na manhã de quinta (madrugada no Brasil), antes mesmo do anúncio oficial, a renúncia de Johnson foi antecipada pela mídia britânica, e autoridades russas não demoraram a comentar a saída do primeiro-ministro no contexto da atual crise entre a Rússia e o Ocidente por conta da guerra na Ucrânia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou está atenta ao que está acontecendo no Reino Unido, embora a situação no país não possa ser uma prioridade para o trabalho das autoridades russas. "Quanto ao próprio Sr. Johnson, ele não gosta muito de nós. Nós também não [gostamos muito dele]", declarou Peskov a jornalistas. Ao ser perguntado sobre como o rumo dos países europeus em relação à Ucrânia poderia mudar diante da renúncia de Johnson, considerados um dos principais apoiadores de Kiev na Europa, o porta-voz do Kremlin não respondeu. Já a presidenta do Conselho da Federação da Federação Russa, Valentina Matvienko, acredita que o destino do primeiro-ministro britânico pode recair sobre outros líderes europeus. Segundo ela, as pessoas na Europa estão "abrindo os olhos" e estão cada vez mais indignadas com as políticas irracionais de seus governos. – O Sr. Johnson tem sido o principal falcão e o principal russófobo ultimamente. Quando os países ocidentais adotaram sanções ilegais contra a Rússia, eles não consultaram seus cidadãos e, em um esforço para prejudicar a Rússia o máximo possível, causaram-lhes grandes danos. Refiro-me ao aumento da inflação, aumento dos preços da energia e assim por diante. Isso certamente afetou a diminuição do nível e da qualidade de vida deles – disse Matvienko.