Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Atmosfera de Plutão está sumindo lentamente, confirmam cientistas

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Sexta, 08 de Outubro de 2021 às 06:46, por: CdB

De acordo com o pesquisador Eliot Young, a missão espacial não tripulada da NASA New Horizons obteve um "excelente perfil da densidade a partir de seu sobrevoo de 2015" de Plutão, consistente com a massiva atmosfera do planeta anão, que dobrava a cada década.

Por Redação, com Sputnik - de Washington

Os gases que cercam Plutão estão desaparecendo, convertendo-se em gelo à medida que o planeta se afasta do Sol, fazendo com que sua atmosfera, composta por nitrogênio, metano e monóxido de carbono, desapareça lentamente.
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Atmosfera de Plutão está sumindo lentamente enquanto planeta se afasta do Sol
Os resultados do estudo, realizado por um grupo de cientistas do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, (EUA), foram apresentados na 53ª Reunião Anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica norte-americana. De acordo com o pesquisador Eliot Young, a missão espacial não tripulada da NASA New Horizons obteve um "excelente perfil da densidade a partir de seu sobrevoo de 2015" de Plutão, consistente com a massiva atmosfera do planeta anão, que dobrava a cada década. – Porém nossas observações de 2018 não mostram que essa tendência tenha continuado desde 2015 – adicionou o pesquisador. A avaliação foi realizada através da "ocultação", usando uma estrela distante como luz de fundo para que os telescópios da Terra observem o que ocorre em Plutão. Trata-se de uma técnica de observação testada e utilizada amplamente na astronomia.

A atmosfera de Plutão

A atmosfera de Plutão é criada a partir do gelo vaporizado na superfície, com pequenas mudanças de temperatura que levam a mudanças significativas na densidade aparente da atmosfera. Atualmente, o planeta anão leva 248 anos terrestres para orbitar o Sol, chegando perto de 30 unidades astronômicas da estrela, ou 30 vezes a distância entre a Terra e o Sol. No entanto, essa distância é cada vez maior, o que deixa Plutão com menos luz solar e temperaturas menores, embora, até 2018, sua pressão superficial e densidade atmosférica seguissem aumentando. Os cientistas atribuem isso a um fenômeno conhecido como "inércia térmica". – Uma analogia desse processo é a forma como o Sol aquece a areia em uma praia (...) A luz solar é mais intensa ao meio-dia, porém a areia segue absorvendo o calor durante a tarde, ficando mais quente ao final da tarde – explicou a pesquisadora Leslie Young. A persistência da atmosfera de Plutão sugere que os depósitos de gelo de nitrogênio em sua superfície se mantiveram quentes graças ao calor armazenado sob a superfície, contudo, os novos dados sugerem que está começando a esfriar.
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