Ao todo, quatro pessoas ligadas à campanha "Não vamos pagar pelos fósseis", promovida pelo grupo italiano Última Geração, foram retirados do local pela polícia da capital italiana.
Por Redação, com Ansa - de Roma
Um grupo de ativistas contra a crise climática despejou neste sábado um líquido preto à base de carvão na água da Fontana dei Quattro Fiumi, na Piazza Navona, em Roma, para alertar sobre o futuro que espera a humanidade com secas e enchentes cada vez mais frequentes. Ao todo, quatro pessoas ligadas à campanha "Não vamos pagar pelos fósseis", promovida pelo grupo italiano Última Geração, foram retirados do local pela polícia da capital italiana.
— O nosso futuro é tão negro como esta água: sem água não há vida. E com o aumento das temperaturas estamos expostos, por um lado, à seca e, por outro, às inundações. Água que falta para cultivar alimentos, água que cai junto destruindo as casas — afirmou Anna, uma das ativistas.
Objetivos
Segundo a ativista, “anos difíceis nos esperam, mas se não zerarmos as emissões imediatamente, serão terríveis”.
— O colapso já está em curso e não podemos mais detê-lo: prova disso são os eventos extremos cada vez mais frequentes e devastadores, como a inundação na Emilia-Romagna há alguns dias. Por isso, pedimos ao governo que desfaça imediatamente os bilhões que gasta em combustíveis fósseis, a principal causa dessas tragédias, e os use para tomar medidas urgentes para proteger os italianos das consequências das bombas d'água, seca extrema, ondas de calor mortais — acrescentou.
Em uma publicação nas redes sociais, o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, criticou o protesto e o classificou como "mais uma insensata desfiguração dos monumentos" da cidade.
“Desta vez, a magnífica Fontana dei Quattro Fiumi, na Piazza Navona, foi desfigurada. As lutas certas tornam-se erradas se danificam os bens comuns. É não colocando em risco o patrimônio artístico que salva o meio ambiente", resumiu o prefeito, em nota nas redes sociais.