Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Alterações climáticas agravam Helene que já matou mais de 200 nos EUA

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Quarta, 09 de Outubro de 2024 às 12:41, por: CdB

O sudeste dos Estados Unidos ainda se recupera do Helene, que causou inundações e danos consideráveis em meia dúzia de Estados.

Por Redação, com Lusa – de Washington

As alterações climáticas intensificaram em cerca de 10% as chuvas e ventos do Furacão Helene, que causou ao menos 234 mortos nos Estados Unidos no final de setembro, informa estudo publicado nesta quarta-feira.

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Combustíveis fósseis tornam mais provável ocorrência desses fenômenos

Ainda que este valor de 10% “possa parecer relativamente baixo, é muito importante sublinhar que uma pequena alteração em termos de perigo pode realmente levar a grande alteração em termos de impacto e danos”, disse Friederike Otto, responsável pela rede de referência científica World Weather Attribution (WWA).

O estudo mostra também que os combustíveis fósseis, os principais responsáveis pelo aquecimento global, tornaram a ocorrência de furacões como o Helene 2,5 vezes mais provável no sudeste dos Estados Unidos.

Em vez de serem esperados a cada 130 anos, é agora provável que ocorram a cada 53 anos em média, concluíram cientistas dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Suécia e dos Países Baixos.

Para estudar o Helene, os especialistas concentraram-se em três aspetos distintos: precipitação, ventos e temperatura da água no Golfo do México, fator-chave na formação de furacões.

– Todos os aspectos desse evento foram amplificados pelas alterações climáticas em vários graus – disse Ben Clarke, coautor do estudo e pesquisador do Imperial College London, em entrevista.

– Se os humanos continuarem a queimar combustíveis fósseis, os Estados Unidos vão enfrentar furacões ainda mais destrutivos – advertiu.

Os autores do estudo alertaram que os riscos estão crescendo além das zonas costeiras.

O Furacão Helene “movia-se depressa, por isso conseguiu infiltrar-se rapidamente em terra” antes de finalmente dissipar a energia, explicou Bernadette Woods Placky, meteorologista da organização não governamental Climate Central.

Estado da Flórida

O estudo foi publicado no momento em que o Estado da Flórida, no sudeste dos EUA, se prepara para a chegada do Milton, atualmente classificado como furacão de categoria 5, a mais elevada na escala Saffir-Simpson, com ventos máximos sustentados de 270 quilômetros por hora.

Milton pode ser “a pior tempestade na Flórida em um século”, alertou, na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, paralelamente a uma reunião com os conselheiros na Casa Branca para fazer um balanço dos preparativos.

O sudeste dos Estados Unidos ainda se recupera do Helene, que causou inundações e danos consideráveis em meia dúzia de Estados.

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