Rio de Janeiro, 11 de Dezembro de 2024

Agência de risco concorda que país chegará ao grau de investimento

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Quinta, 03 de Outubro de 2024 às 20:30, por: CdB

O novo aumento da nota poderá ser definido se houver a aplicação de medidas estruturais capazes de ajustar as contas públicas pelo lado dos gastos, especificamente envolvendo as despesas obrigatórias. Segundo Maziad, isso trará a credibilidade fiscal necessária para o país.

Por Redação – de São Paulo

É grande a chance de o Brasil atingir o grau de investimento ainda no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso haja um ajuste fiscal pelo lado dos gastos obrigatórios, segundo a vice-presidente para risco soberano da Moody’s, Samar Maziad, em declaração à imprensa, nesta quinta-feira. Na última terça-feira, a agência de classificação de risco melhorou a nota de crédito do Brasil, de “Ba2” para “Ba1”, e manteve a perspectiva do país em “positiva”.

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A agência de classificação de risco Moody’s avalia o estado da economia brasileira

Assim, o Brasil ficou a apenas um passo de atingir o chamado grau de investimento, patamar em que o país se torna seguro — ou seja, com baixos riscos de calote para quem investe em seus títulos de dívida.

— Mantivemos a perspectiva positiva para a classificação porque há uma possibilidade de vermos mais medidas de contenção de gastos — disse Maziad. A perspectiva, segundo a executiva, é de 12 a 18 meses, geralmente, e a agência ainda poderá rever a nota do país.

 

Teto de gastos

O novo aumento da nota poderá ser definido se houver a aplicação de medidas estruturais capazes de ajustar as contas públicas pelo lado dos gastos, especificamente envolvendo as despesas obrigatórias. Segundo Maziad, isso trará a credibilidade fiscal necessária para o país.

Maziad diz que o novo arcabouço fiscal auxilia no atingimento das metas para o resultado primário do país e para a estabilização da dívida pública, de modo que esta não siga aumentando no futuro. Porém, assim como o teto de gastos criado em 2016, é preciso medidas adicionais para que ele tenha efetividade.

— O teto de gastos por si só não funcionaria sem a aprovação da reforma da Previdência e de medidas complementares que contivessem o aumento dos gastos obrigatórios. Foi por isso que o teto de gastos funcionou. Por várias semanas houve exceções e problemas com ele, mas ele forneceu um arcabouço geral para outras medidas que precisavam ser implementadas — afirmou, em declaração ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, nesta manhã.

 

Dinâmica

A economista acrescentou que houve um importante fator que levou à melhora da nota do Brasil. Ela lembrou que, desde 2016, o país estava classificado como “Ba2” e, durante esse tempo, houve uma dinâmica muito diferente no Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

— Observamos um crescimento mais sustentado nos últimos quatro anos, e esperamos que isso continue — concluiu.

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