A nova norma foi desenvolvida pelo Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-040), e estabelece requisitos técnicos para garantir que sites e aplicações digitais sejam acessíveis a todas as pessoas.
Por Redação, com Mobile Time – de Brasília
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) lançou, nesta terça-feira, a norma ABNT NBR 17225, com diretrizes voltadas para acessibilidade em conteúdos e aplicações digitais.
A nova norma foi desenvolvida pelo Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-040), e estabelece requisitos técnicos para garantir que sites e aplicações digitais sejam acessíveis a todas as pessoas, incluindo aquelas com deficiência, limitações temporárias ou situacionais.
A criação da NBR 17225 envolveu um processo colaborativo de quase dois anos, com a participação de 178 especialistas. O desenvolvimento foi coordenado pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
O documento está alinhado ao artigo 63 da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que determina a acessibilidade digital em plataformas de empresas e órgãos públicos, e antes da publicação, passou por Consulta Nacional, permitindo a participação da sociedade e da comunidade técnica.
A nova norma vem com um conjunto de cerca de 146 diretrizes organizadas em requisitos técnicos e recomendações que abrangem diversos aspectos como interação por teclado, uso de imagens, formulários, cores etc. A NBR 17225 também fornece diretrizes para design, gerenciamento de projetos e produção de conteúdo digital, além de orientar os desenvolvedores em diversas áreas da criação digital.
Destaques
Um dos destaques da norma é a inclusão de uma lista de itens críticos para acessibilidade, como o uso de captchas e reconhecimento facial, com diretrizes para evitar barreiras no acesso de pessoas com deficiência. O documento também apresenta um checklist para facilitar a aferição da conformidade dos sites aos padrões estabelecidos.
Com a nova regulamentação, a ABNT busca ampliar a acessibilidade digital no Brasil, já que, segundo o Movimento Web para Todos, menos de 3% dos sites brasileiros seguem padrões adequados de acessibilidade.
