Operação deixa dois mortos em Niterói

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Publicado Quarta, 13 de Abril de 2016 às 11:23, por: CdB

 

Os policiais, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo

  Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:   Uma operação da Polícia Civil deixou dois mortos na manhã desta quarta-feira na comunidade do Viradouro, em Niterói, no Grande Rio. Segundo a Polícia Civil, duas pessoas não identificadas morreram durante uma troca de tiros. Ambas estavam armadas, de acordo com a polícia. Uma terceira pessoa ficou ferida e está internada no hospital.
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Uma operação da Polícia Civil deixou dois mortos na manhã desta quarta-feira na comunidade do Viradouro
Os policiais, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, fizeram a operação para prender suspeitos de ligação com o desaparecimento do idoso João Bosco Neves de Oliveira. Investigações estão em andamento para descobrir o paradeiro de Oliveira e diligências estão feitas em busca dos autores do crime. Pessoas que tenham informações sobre o desaparecido podem entrar em contato com a polícia pelos telefones (21) 2717-2838 / 2717-2552 ou com o Disque Denúncia, no telefone (21) 2206-2000.

Oficiais da PM

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP/RJ) pretende recuperar no mínimo R$ 4.423.500 de recursos públicos desviados, por oficiais da Polícia Militar e empresários, do Fundo de Saúde da Policia Militar (Fuspom), entre 2013 e 2014. O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), do MP, ajuizou ação civil pública na segunda-feira por improbidade administrativa contra 14 pessoas, incluindo o ex-comandante da corporação, José Luís Castro Menezes, três coronéis e três majores. De acordo com a promotora de Justiça Gláucia Santana,  coordenadora do Gaesp, criado em dezembro de 2015, o ex-comandante Castro Menezes criou condições, monitorou e participou do esquema de fraude em licitações na área de saúde. " As investigações revelaram que Menezes recebeu um lobista do esquema por diversas vezes, se encarregou de colocar pessoas-chave no setor de aquisições e impediu investigações internas. Ele obstruiu o sistema de controle interno. Nomeou, por exemplo, para as sindicâncias administrativas pessoas que participavam do esquema", disse Gláucia, que não descarta abrir processo criminal contra o ex-comandante da PM. Os promotores pedem que os réus sejam condenados com a perda da função pública, obrigados a recompor o patrimônio público (devolver dinheiro desviado), paguem multa e dano material e moral coletivo por terem causado "enorme prejuízo à imagem da corporação", disse na terça-feira a promotora Gláucia Santana, em entrevista à imprensa sobre a ação civil proposta na segunda. Ela solicitou o bloqueio de bens dos envolvidos, além de quebra dos sigilos bancários e fiscal.

Apenas um solto

Com exceção de Menezes, todos os policiais denunciados estão presos. A investigação que deu origem ao processo criminal, no ano passado, descobriu um esquema de fraude para compras de produtos de saúde, como o ácido peracético, usado na esterilização de equipamentos. O montante adquirido do produto, 75 mil litros, era o suficiente para abastecer o Hospital Central da PM por até 200 anos, segundo cálculos do Tribunal de Contas do Estado do Rio. Foram processados, na ocasião, 12 oficiais militares, 12 empresários e uma ex-funcionária da PM por organização criminosa, dispensa de licitação, corrupção ativa e passiva e peculato. – Houve superfaturamento, houve uma aquisição desarrazoada, sem demonstração da justificativa da quantidade e da necessidade e isso gerou dano ao patrimônio do Fuspom da ordem de R$ 4 milhões – frisou a promotora. Os promotores do Gaesp lembraram, ainda, que os órgãos de controle da própria PM ajudaram a identificar a fraude nas contratações e esclareceram que não é necessário recomendar ajustes nos procedimentos da corporação. De acordo com o promotor Paulo Roberto Mello, os oficiais foram indicados politicamente para os cargos do Estado Maior da PM pelo ex-governador Sérgio Cabral. "Essa é uma seleção política e discricionária e essas pessoas não respondiam a nenhum inquérito ou processo (à época)", ressaltou. "Foi uma escolha infeliz que não reflete a qualidade do oficialato da Policia Militar", afirmou.
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